Envolvidos em escândalos agirão nos bastidores
Sérgio Roxo, Tatiana Farah
SÃO PAULO. Enquanto o ex-presidente Lula toma as rédeas da campanha de seu pupilo, o ex-ministro Fernando Haddad, os fantasmas de seu governo atormentam a pré-campanha petista em São Paulo, a ponto de dificultar a nomeação dos coordenadores. Envolvidos com o dossiê dos aloprados e o escândalo da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa enfrentam dificuldades para ganhar espaço na campanha.
O deputado Ricardo Berzoini foi indicado para comandar os petistas no pleito, mas teria dito a Haddad ter se impressionado com reportagens que o associam a um dos piores escândalos da campanha de 2006, o dossiê contra os tucanos. Outro nome cogitado pelos petistas seria o de Paulo Frateschi, ex-presidente do PT-SP. Mas ele também teve o nome citado no escândalo. Hoje coordenador da comissão eleitoral nacional do PT, Frateschi nega que tenha sido convidado:
- Se foi cogitado, ninguém me avisou. E não tenho nenhum interesse na coordenação, porque estou trabalhando no país todo.
Os petistas negaram que o ex-ministro Antonio Palocci vá atuar como tesoureiro informal. Não queriam que o caso da caseiro respingasse na campanha. Palocci deve agir apenas nos bastidores.
Para um dirigente do PT, o partido foi "ferido de morte" em SP após os escândalos. Com isso, nomes como o do ex-ministro José Dirceu são quase proibidos. Mas Dirceu ainda age nos bastidores. Ele e João Paulo Cunha, réus do mensalão, terão de avalizar os coordenadores de campanha a serem escolhidos.
FONTE: O GLOBO
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