Para cientista político, é crucial que Haddad reconquiste votos petistas
SÃO PAULO. O PT, por sua vez, tenta blindar o avanço dos adversários com frequentes caminhadas de Fernando Haddad por essas regiões, mesmo sem a presença da senadora Marta Suplicy, considerada o mais forte cabo eleitoral na periferia. Sem o apoio de Marta Suplicy, Haddad tem recorrido a aliados com popularidade entre o grande eleitorado, como o cantor Netinho de Paula (PCdoB) e o ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca (PSB).
Nesta primeira semana, ele visitou os redutos eleitorais de Itaim Paulista, Itaquera, São Miguel Paulista e Parque São Lucas que, juntos, renderam ao PT 190 mil votos no 2 turno da campanha eleitoral de 2008. No corpo a corpo, o ex-ministro petista teve de se apresentar formalmente a cada eleitor, uma vez que, para muitos deles, era um mero desconhecido.
- Eu votei no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vou votar no candidato dele. Mas não sei quem é ainda - contou a aposentada Armildes de Oliveira Silva, de 68 anos, moradora de São Miguel Paulista.
O professor de Sociologia e Política do Insper, Carlos Melo, observa nos movimentos do PSDB e PMDB tentativas de ocupar espaços típicos do PT, já que o grau de conhecimento de Haddad ainda é pequeno:
- O PT teve os 30% com candidatos que tiveram carreira política em São Paulo. Fernando Haddad, contudo, saiu da academia para ocupar cargos técnicos. É necessário trabalhar para garantir o patamar histórico. É essencial o candidato reconquistar os votos petistas - afirmou.
FONTE: O GLOBO
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