Presidente anunciou anteontem corte na tarifa de energia e criticou concessões no governo FH
Leonardo Guandeline
SÃO PAULO – O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, classificou nesta sexta-feira de “política eleitoral” o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff (PT) feito na véspera, em cadeia nacional de rádio e televisão. Durante anúncio de corte de 16,2% na tarifa de energia elétrica residencial a partir do ano que vem, Dilma criticou as concessões durante o governo Fernando Henrique Cardoso e bateu duro contra os bancos.
- Ela está usando a cadeia nacional para fazer política eleitoral. Isso não é novidade. O PT sempre usou dessa prática. Ela fazer campanha eleitoral é normal, faz parte do jogo. Agora, usar a cadeia nacional para fazer política eleitoral está muito errado – ressaltou o tucano.
O tucano esteve nesta sexta-feira no bairro da Liberdade, centro de São Paulo, reunido com lideranças de movimentos por moradias populares. Durante discurso a uma plateia de cerca de 700 pessoas, criticou o adversário Fernando Haddad, dizendo que as promessas de campanha do petista no horário eleitoral são “delírios digitais”, em alusão aos efeitos especiais utilizados na propaganda de Haddad.
- Campanha não é mercado para vender ilusões. Não é ficar apresentando efeitos especiais de internet, com tecnologia digital.
Serra, no entanto, não quis comentar as recentes trocas de farpas entre o candidato Celso Russomanno (PRB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD), aliado do tucano, sobre políticas de segurança pública em São Paulo. Após Kassab classificar de “loucura” uma das propostas do candidato – a de cadastrar os guardas nortunos da cidade e dar a eles um rádio para que possam se comunicar com a polícia-, Russomanno rebateu, dizendo que o prefeito “devia enfiar o rabo entre as pernas”, pois nada fez pela cidade na área. Hoje, o candidato do PRB defendeu a sua proposta.
- Quem é que começou a baixar o nível? – retrucou o ex-governador, questionado sobre as rusgas envolvendo o líder nas pesquisas e o atual prefeito paulistano.
O tucano disse que pretende, além de construir moradias populares nos próximos 4 anos e expandir a carta de crédito à população, urbanizar mais 200 favelas na capital paulista, transformando-as em bairro.
FONTE: O GLOBO
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