Primeiro passo é dar ao senador o comando nacional do PSDB
Apesar do discurso de unidade, político mineiro enfrenta resistências na sigla
Lucas Pavanelli
O PSDB tenta se unir para começar, em mais três meses, a pré-campanha do senador mineiro Aécio Neves para a Presidência da República. Com o apoio do presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o primeiro passo de Aécio deve ser a candidatura ao cargo maior da sigla. Apesar de as tentativas dos tucanos de colocar panos quentes nas rusgas entre paulistas e mineiros, Aécio encontra resistências internas.
A eleição ocorre em maio, e, caso seja eleito, Aécio deve aproveitar o cargo para ganhar visibilidade. "Dos nossos nomes, Aécio Neves é um dos mais qualificados como pré-candidato", avalizou Guerra.
Em Minas, os tucanos cobram unanimidade em torno do senador. Mais do que isso, os mineiros querem que a "unidade" seja demonstrada pelas lideranças paulistas do partido. "A gente espera, para as próximas semanas, um pronunciamento forte de São Paulo a favor da candidatura de Aécio", disse o presidente do PSDB em Minas, deputado Marcus Pestana.
Contraponto. Do lado paulista, o dirigente Evandro Losacco demonstrou que as feridas não foram cicatrizadas. "Estou incomodado com o discurso antipaulista criado nos últimos anos. São Paulo tem de ser respeitado, e o gesto maior dos que apoiam Aécio é reconhecer a força de São Paulo", disse.
Para rebater a animosidade, Sérgio Guerra falou em unidade e afirmou que "essa história de PSDB de São Paulo e de Minas é invenção dos adversários". Apesar de contar com um significativo apoio no PSDB, ainda assim, Aécio deverá enfrentar prévias no fim do ano que vem, mesmo que seja candidato único, de acordo com Guerra.
"Dilma é a candidata petista"
O presidente do PT, Rui Falcão, anunciou a presidente Dilma Rousseff como candidata em 2014 e disse que "não se preocupa" com a eventual candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, às eleições presidenciais do ano que vem. As declarações foram feitas ontem, após evento no Palácio do Planalto.
"Eu me preocupo com a candidata do PT, a presidente Dilma. Ela é o nosso nome, e isso será homologado no devido momento, no encontro partidário convocado para esse fim", disse.
Ele negou, no entanto, que o evento que celebrará os dez anos do partido na Presidência terá a finalidade de começar a delinear a candidatura de Dilma à reeleição. "Ela vai estar presente, mas o objetivo não é lançar candidaturas nem falar de eleição, mas celebrar esses dez primeiros anos."
O PT produz um documento, para ser distribuído hoje à militância, que servirá de base para a campanha presidencial de 2014. O texto foi produzido pelo Instituto Lula e pela Fundação Perseu Abramo.
Fonte: O Tempo (MG)
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