Em evento com vereadores do PSB de Pernambuco, socialista defende que governo federal adote outras medidas que complementem o programa Bolsa Família
O governador e virtual candidato a presidente Eduardo Campos (PSB) exemplificou a declaração dada na semana passada de que está "com o pé no acelerador": o socialista cobrou, ontem, mais investimento federal em Educação e medidas estruturadoras que complementem o programa Bolsa Família, um dos principais implantados pelos governos de Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT) nos últimos dez anos.
"Estamos vendo hoje as filhas do Bolsa Família serem mães do Bolsa Família. E como vamos assistir elas serem avós? Nós queremos isto?", disparou, durante palestra em encontro de vereadores do PSB, no Recife. O ato também reuniu prefeitos e deputados do partido.
"O Estado investiu no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) mais de R$ 1 bilhão de impostos estaduais. A União colocou R$ 150 milhões. Está certo isso? Vai dar para fazer escola em tempo integral, creche e dar alimentação de qualidade?", provocou Eduardo.
Questionado sobre a declaração em entrevista à imprensa, o socialista afirmou que não é contra programas assistencialistas, mas pregou a quebra da dependência que as novas gerações estão criando em torno deles.
Ainda no discurso, sustentando a defesa de um novo pacto federativo e da ruptura com a "velha política", ele criticou a discussão travada na eleição presidencial de 2010, que classificou como "pobre e desprovida de pensamento".
Embora tenha criticado a eleitoralização do debate, ao longo de aproximadamente 40 minutos, ele ainda ressaltou o crescimento nacional do PSB e reformulou o slogan utilizando no programa do PSB veiculado este mês na TV e rádio e destacou que "é possível fazer mais e diferente".
"Não adianta ser mais do mesmo e do mesmo jeito. Tem que ser mais e diferente, com inovação", sentenciou Eduardo Campos.
No programa partidário do PT, exibido neste mês, a tônica do discurso foi uma resposta à frase utilizada Eduardo, que defendeu, no início do ano, que é "possível fazer mais". Os petistas, no revide, dispararam que "é possível fazer cada vez mais".
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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