Ao lado de Fernando Gabeira, no Fronteiras do Pensamento, ex-senadora não poupou governo Dilma
Crise. Repetida quase à exaustão, a palavra foi empregada pela ex-senadora Marina Silva para definir o cenário de caos vivenciado pela humanidade nas áreas econômica, social, ambiental, política e dos valores pessoais. Em um discurso que elevou a questão da sustentabilidade ao patamar de discussão do modelo de sociedade, muito além do debate restrito à proteção do verde, Marina também teceu críticas ao governo Dilma Rousseff, atacando a política enérgica e o aparelhamento do Estado.
Diante de uma plateia de intelectuais e ambientalistas, ontem à noite, em debate promovido pelo Fronteiras do Pensamento, no Salão de Atos da UFRGS, Marina abordou a conjunção de crises.
– Vivemos uma crise civilizatória. Temos de mudar o modelo de desenvolvimento, não só na questão ambiental, mas também política, econômica, social e estética – analisou a ex-senadora, que coleta assinaturas para criar a Rede, sigla pela qual deverá concorrer à Presidência em 2014.
Em sintonia com o ex-deputado federal Fernando Gabeira (PV), também convidado para o painel, Marina considerou inaceitável o contexto do Ministério de Minas e Energia. Para ela, a pasta prioriza fontes poluentes, como carvão e petróleo, em detrimento de matrizes energéticas limpas.
– É preciso persistência para termos um sistema político que não seja esse atraso que está aí, onde se faz a governabilidade a partir da distribuição de pedaços do Estado. Já chegamos a 39 ministérios – avaliou.
Gabeira também criticou Dilma:
– A energia é um ponto central. Barack Obama, sabendo disso, escolheu como ministro da Energia um prêmio Nobel de física. No Brasil, o ministro de Energia é o Edison Lobão. É um espaço de troca.
O Fronteiras do Pensamento Porto Alegre é apresentado pela Braskem e tem patrocínio de Unimed Porto Alegre, Weinmann Laboratório, Santander, CPFL Energia, Natura e Gerdau. Promoção Grupo RBS. O projeto conta com a UFRGS como universidade parceira e com a parceria cultural de Unisinos, prefeitura de Porto Alegre e governo do Estado do RS.
Fonte: Zero Hora (RS)
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