A ordem é arrochar a enquadrar
Os presidentes, os líderes e os ministros de cada um dos partidos aliados estão sendo chamados ao Planalto. A rodada de cobranças começa a partir desta segunda-feira. O governo quer se assegurar que as bancadas aliadas não vão se rebelar nas votações polêmicas das próximas semanas. A expectativa é dobrar o PDT e o PSB, no caso da votação da Lei dos Royalties, quanto à destinação dos recursos do Fundo Social para a Educação e a Saúde. E dar um jeito no PSD, do recém-nomeado ministro da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, que trabalha com garra para derrubar, no Congresso, o veto à multa de 10% do FGTS nas demissões sem justa causa.
Buscando apoios
O ex-ministro e deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS) está sendo indicado para o TCU. A vaga do Legislativo ficará desocupada com a aposentadoria de Valmir Campelo. Ele disputa com o senador Gim Argello (PTB-DF).
A força do hábito
A fórmula é a mesma. O PSDB precisava do PMDB para governar, como o PT hoje. Os tucanos passaram o governo FH esculhambando o PMDB, como os petistas fazem agora no governo Dilma. Os "neoliberais" e os "social-liberais" agem ao estilo do capitão Renault, personagem do filme Casablanca (1942), que na cena final proclama: "Prendam os suspeitos de sempre".
Eles são iguais
Os especialistas em Comissão do Orçamento dizem que não há diferença entre um tecnocrata petista ou um tucano. Para ambos, deputados e senadores eleitos não têm legitimidade para destinar recursos para suas regiões eleitorais.
Hora de mudar
Há muitos anos as repartições militares dão meio expediente na sexta-feira. Os ministros da Defesa anteriores não conseguiram acabar com a regalia. Eles acreditam que a escandalosa portaria da Marinha cria um oportunidade de correção.
Estilo Mercadante
Ministros dos partidos aliados estão chocados com Aloizio Mercadante. Contam que ele está chamando a todos para dar um dá ou desce. Cobra deles que enquadrem suas bancadas, para que votem com o governo. E ameaça com demissões e fusões de ministérios. As prioridades são aprovar a Lei dos Royalties e manter o veto ao artigo que acaba com a multa de 10% do FGTS.
Fogo amigo
Sob fogo cruzado dos petistas, o ministro Aldo Rebelo (Esporte) mandou um recado ao ministro Aloizio Mercadante (Educação) e ao deputado e ex-ministro Ricardo Berzoini (PT-SP) dizendo que não é candidato a ocupar a Secretaria de Relações Institucionais. Na reforma, Aldo vai deixar a pasta para concorrer a deputado federal.
O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) deve reconduzir o atual presidente da Anatel, João Rezende, cujo mandato termina em novembro.
Fonte: O Globo
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