O factoide de despedida
Os especialistas da Comissão de Orçamento do Congresso estão chocados com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O motivo: o pedido de cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB-MA). Os argumentos: nos anos eleitorais há um prazo legal, em junho, para a assinatura de convênios; essa prática é generalizada e, portanto, Gurgel poderia pedir a cassação de uma dezena de chefes de Executivo; a transferência de recursos a municípios pode ser feita até no segundo semestre, desde que o convênio tenha sido assinado no prazo; e a cassação deveria ser pedida na época, e não a 16 meses do fim do mandato, prazo no qual não será concluído o julgamento.
“O grito das ruas foi um puxão de orelhas geral. Foi dado o aviso: parem de pensar em eleições e cuidem da vida da gente” - Marcus Pestana, presidente do PSDB de Minas e deputado federal
Afasta de mim este cálice
Os candidatos a procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Ela Wiecko e Deborah Duprat fizeram questão de se distanciar do atual PGR, Roberto Gurgel, na sabatina dos ministros Luís Adams (AGU) e José Eduardo Cardozo (Justiça).
Corpo a corpo
Num dia desses, o governador Sérgio Cabral saiu-se com esta para o presidente do STF, Joaquim Barbosa: "Você não vai se meter nisso!". Desconcertado, Barbosa respondeu, sobre eventual candidatura ao Planalto: "Não vou, não."
Discutindo a relação
A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) se reuniu, na noite de terça-feira, com os líderes do PSB, Rodrigo Rollemberg e Beto Albuquerque, mais o ministro Fernando Bezerra (Integração). Pediu o apoio dos socialistas nas votações no Congresso e que não deixem que a sucessão contamine a relação histórica do PT e do PSB. O governo quer fidelidade até o fim do governo.
Miss Simpatia
Nas reuniões entre a presidente Dilma e os líderes aliados, foram feitas muitas queixas sobre as dificuldades para eles serem recebidos pelos ministros. A campeã de reclamações foi a ministra Miriam Belchior (Planejamento).
O pidão
O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), foi alvo do humor da presidente Dilma. Ela relatou que, para obter recursos, quando ela era ministra e ele governador, o petista falava com ela e depois ia ao primeiro, segundo e terceiro escalões.
A gangorra do "já ganhou"
O PSDB está contagiado pelo clima do "já ganhou" que contaminou o PT antes da inflação e dos protestos. Pesquisa tucana diz que rejeição à presidente Dilma é de 45%. A aposta é que ela não se recupere, pois seu governo não tem o que mostrar. Ontem, Dilma disse que caiu pela "insegurança com a volta da inflação". E bancou que a queda em breve dos preços de alimentos vai surpreender e resgatar seu favoritismo.
No mundo da lua
Esta semana, numa churrascaria, o senador Gim Argello (PTB-DF), na foto, para ser simpático com o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado, se gabava de ajudar o governador Marconi Perillo (PSDB) nos pleitos junto ao governo Dilma. Foi quando alguém pediu que se calasse. Adversário de Marconi em 2014, Caiado ouviu em silêncio.
Está pronto para ser votado projeto do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) que define o funk como "forma de manifestação cultural nacional".
Fonte: O Globo
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