Amanda Almeida
Com o prazo cada vez mais exíguo para a validação da Rede Sustentabilidade na Justiça Eleitoral, a ex-senadora Marina Silva tem sido cortejada por outros partidos sobre uma possível filiação a tempo de se candidatar ao Palácio do Planalto e já admite a possibilidade de se lançar por outras siglas. PPS e PDT estão de olho, além da votação da ex-senadora em 2010 — quando recebeu quase 20 milhões de votos —, nas últimas pesquisas de intenção de voto, que colocam Marina como a candidata que a presidente Dilma Rousseff teria mais dificuldade para vencer e única concorrente da petista em ascensão.
Marina também teria sido sondada pelo PEN (Partido Ecológico Nacional), mas, em nota, ela negou a possibilidade de ingressar na legenda recém-criada. O PPS convidou publicamente a ex-senadora para se filiar no partido. Já o PDT tem feito chegar aos ouvidos de Marina o desejo de tê-la como candidata à Presidência da República. A aliados, ela não descarta a filiação ao partido, porém, tem dito também que pode até abrir mão de uma candidatura, caso a Rede não saia do papel, acrescentando que uma nova disputa ao Planalto não se daria “a qualquer custo”.
Segundo o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), o convite da legenda ocorreu depois de Marina deixar o PV e, desde que ela resolveu criar a Rede, não houve mais conversas nesse sentido. “Fazemos uma defesa democrática da candidatura da Marina e torcemos para que ela viabilize seu partido. Costumo dizer que, em política, dias podem equivaler a anos”, disse, em referência ao pouco prazo da ex-senadora para viabilizar a Rede. Questionado sobre o discurso de Marina de não aceitar ir para partidos que não tenham coerência com suas ideologias, Freire diz que o PPS também não aceita candidato sem harmonia com a sigla. “Seja ela (Marina) ou qualquer candidato, haverá conversa sobre o nosso programa, que é muito forte”, garante.
Fonte: Correio Braziliense
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