Encontro para debater questão teria sido esvaziado
Juliana Castro
Em até dez dias, o PT do Rio vai decidir a data em que entregará os cargos que tem na gestão do governador Sérgio Cabral (PMDB). O presidente da sigla no estado, Jorge Florêncio, afirmou que esse é o prazo para ouvir as diferentes instâncias do partido, incluindo a direção nacional. No início do mês, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, declarou que a saída de petistas do governo do peemedebista ainda não estava fechada. Agora, Florêncio diz que a entrega dos cargos é certa, só falta definir o prazo.
- Vou colocar a questão da saída do governo Cabral em pauta quando conversar com todas as forças políticas, com o Lindbergh (Farias), com a Executiva nacional - disse Florêncio.
O PT ocupa duas secretarias na gestão peemedebista: a do Ambiente, com Carlos Minc, e a de Assistência Social e Direitos Humanos, com Zaqueu Teixeira. Aliados, PT e PMDB não abrem mão de ter seus candidatos ao governo do Rio. O PT quer lançar o senador Lindbergh Farias e o PMDB, o vice-governador Luiz Fernando Pezão.
Os petistas adiaram uma reunião no início do mês, em que selariam o destino da relação com o governador. Anteontem, um novo encontro da Executiva estava marcado, mas ocorreu apenas informalmente, porque não houve quorum.
Alguns petistas afirmaram que um grupo ligado ao vice-presidente nacional do partido, Alberto Cantalice, que é do Rio, esvaziou a reunião, para que ela não tivesse quorum. Assim, não haveria o risco de ser votada a saída do governo Cabral, mesmo que o assunto estivesse oficialmente fora da pauta. Dos 21 membros da Executiva estadual, apenas 11 assinaram a lista de presença até o horário permitido. Cantalice negou ter esvaziado o encontro:
- A gente acha que a questão tem que ser discutida no momento certo, com muita calma. Não houve esvaziamento (da reunião). O encontro foi marcado num horário, e parte das pessoas entendeu que era outro.
Fonte: O Globo
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