Por: Assessoria do PPS
O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (PPS), defendeu nesta sábado (10) que o Ministério Público Federal (MPF) abra imediatamente investigação para apurar a denúncia de um esquema der propina montado dentro da Petrobras para beneficiar parlamentares do PMDB e também abastecer o caixa de campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. Freire adiantou que o partido acionará a Procuradoria Geral da República caso a abertura de apuração não ocorra.
“Se o Ministério Público não o fizer de ofício, o PPS vai ingressar com uma representação na Procuradoria Geral da República pedindo a abertura de inquérito. Esse episódio repete a cantilena dos tempos de Lula: irresponsabilidade, desordem e corrupção. São tempos sombrios”, afirmou.
PPS também defende CPI
Para o presidente do partido, no caso da Petrobras fica evidente o interesse particular e partidário em contratos da estatal. Ele defende a abertura de uma CPI para investigar os contratos e a gestão da estatal. “Não é apenas esse caso. Temos também o negócio escandaloso da compra da refinaria Pasadena, no Texas. A oposição vem tentando abrir essa CPI, sabemos que é difícil conseguir as assinaturas, mas ela é necessária”, disse Freire.
A denúncia
Em entrevista à revista "Época" desta semana, o engenheiro João Augusto Rezende Henriques, que trabalhou na estatal, revelou um esquema milionário de corrupção na Diretoria Internacional da Petrobras. Segundo ele, todos os empresários com contratos na área internacional a partir de 2008 tinham de pagar um pedágio que era repassado ao PMDB, partido que indicou o ex-diretor internacional da Petrobras Jorge Zelada, que deixou o cargo em julho do ano passado.
Henriques revelou ainda que de 60% a 70% do dinheiro arrecadado dos empresários eram repassados ao PMDB. O dinheiro servia para pagar campanhas políticas ou para encher os bolsos dos deputados. A maior parte da verba do pedágio seguia, segundo o denunciante, para os dez deputados do partido em Minas, entre eles o atual ministro da Agricultura, Antonio Andrade, e o presidente da Comissão de Finanças da Câmara, João Magalhães.
O engenheiro também denuncia que o secretário das Finanças do PT, João Vaccari, recebeu o equivalente a US$ 8 milhões durante a campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010. O dinheiro teria sido pago pela construtora Norberto Odebrecht, em razão de um contrato bilionário fechado na área internacional da Petrobras.
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