Portal será uma vitrine de experiências e projetos bem sucedidos dos oito governadores tucanos
Maria Lima
BRASÍLIA - Governadores, lideranças tucanas e o presidente nacional do PSDB e pré-candidato a presidente Aécio Neves (MG) participaram na tarde desta quarta-feira da solenidade de lançamento do Portal Social do Brasil, primeiro passo para a estratégia de disputar a agenda social com o PT e o governo da presidente Dilma Rousseff. O portal será uma vitrine para troca de experiências sobre os projetos bem sucedidos dos oito governadores tucanos na área social. Eles reclamaram que o PT não tem o monopólio dos programas de distribuição de renda e reafirmaram que o Bolsa Família nada mais é do que a organização dos programas já existentes no governo Fernando Henrique Cardoso.
Aécio criticou o governo Dilma e o PT, que, na sua opinião, nada mais fazem do que administrar a pobreza, sem se preocupar com portas de saída e condições para que os beneficiários tenham acesso a melhoria de vida e qualificação profissional.
— De uma década para cá assistimos lideranças políticas se apropriarem com exclusividade da agenda social, tratando a pobreza no Brasil como se fosse coisa do passado, o que sabemos que não é verdade — discursou Aécio.
Ele citou alguns números de desempenho dos governos do PSDB e do PT nas duas últimas décadas. Disse que de 1990 a 2000, quando os tucanos estiveram no poder, o IDH municipal cresceu 24% e na década seguinte, sob a gestão do PT, caiu para 19%. No caso do IDH da Educação, disse que sob FHC cresceu 63% e caiu para 40% nos governos do PT.
— Vamos chamar para o debate os que estão do outro lado. Críticas virão e estaremos preparados para respondê-las — disse Aécio, completando:
— Para que o Brasil não veja escorrer pelos dedos esses avanços é que estamos nos preparando para novamente governar o Brasil. Nós, que eu digo, é o PSDB .
Estavam presentes os governadores Teotônio Vilela (AL) e Marconi Perillo (GO), além do senador Pedro Simon (PMDB-RS) e outras lideranças tucanos nos estados. Falando em nome dos governadores que terão suas experiências compartilhadas no Portal Social, Perillo contou que, no início de seu governo, foi chamado pelo então presidente Lula e sugeriu a ele a fusão dos programas sociais do governo FHC em um cartão único, o que deu origem ao Bolsa Família.
Ele foi o primeiro governador a implantar o Renda Cidadã em Goiás, inovando com a adoção do cartão magnético. No início, disse que a Renda Cidadã beneficiava em Goiás 150 mil famílias, e que depois, com o Bolsa Família, esse número caiu para 70 famílias.
— Na época, em uma solenidade no Palácio do Planalto, o Lula me agradeceu muito pela ideia de consolidar os programas num cadastro único. Agora, quando lança a história do Bolsa Família, ele se esqueceu disso — disse Marconi, lembrando que o vídeo com o agradecimento existe para refrescar a memória dos petistas.
Presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), o deputado Sérgio Guerra(PE) admitiu que o Bolsa Família teve um impacto geral positivo em áreas carentes de Pernambuco, mas não gerou soluções para a pobreza e carência de renda principalmente nas áreas rurais.
— Em muitas situações o Bolsa Família substituiu alguns coronéis do sertão. Antes eles davam água, agora distribuem bolsas. Os setores menos dependentes do Brasil se aproximam do PSDB. E os mais dependentes, mais próximos do PT. Temos que enfrentar isso — disse Sérgio Guerra.
— Vamos apresentar uma agenda de superação da pobreza, não só de administra
Fonte: O Globo
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