Após reunião com Ideli, Paulinho diz que legenda não será contra o governo
Júnia Gama
BRASÍLIA - O Palácio do Planalto entrou ontem com força total para cooptar e tirar do PSDB o apoio do recém-criado Solidariedade, partido sob o comando de Paulinho da Força (SP). Após reunião com Paulinho, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, conseguiu garantir que a legenda não ficará contra o governo. No assédio, ela prometeu manter os cargos de políticos do partido, em troca do alinhamento.
— Com relação a cargos, boa parte desses parlamentares já é da base. Se eles porventura têm alguma indicação, obviamente isso será mantido. Em relação ao Solidariedade, qualquer posição em ocupar espaço no governo depende I da presidente Dilma —afirmou a ministra.
Inicialmente criado para ser um partido de oposição, o Solidariedade contou com o apoio do senador e pré-candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB-MG). Desde que iniciou um movimento de ruptura com o governo, Paulinho passou a fazer duras críticas a Dilma. A mudança de posição i aconteceu depois de pressão ! dos governadores Jaques Vagner (PT-BA) e Cid Gomes (sem partido), que ajudaram a formar o Solidariedade em seus estados.
Ao justificar o recuo, Paulinho afirmou que boa parte dos seus correligionários quer permanecer na base aliada e que os estados terão autonomia para decidir que candidato à Presidência irão apoiar.
— Essa reunião serviu para tirar o mal-estar de que estamos em uma oposição sistemática ao governo. Eu, particularmente, tenho mais afinidade com a oposição, sou amigo do Aécio, mas sei que essa não é a posição da maioria — disse Paulinho
Fonte: O Globo
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