domingo, 19 de janeiro de 2014

Estratégias em estudo

As chapas presidenciais que devem entrar na disputa deste ano já colocaram em campo estratégias específicas para se aproximar da geração de novos eleitores que chegam às urnas com a bagagem dos protestos do ano passado.

Esse movimento tem ficado cada vez mais claro. A contratação, feita pelo comando das três principais campanhas, de equipes específicas para cuidar de mídias digitais e o envolvimento mais efetivo de cada um deles no Facebook e no Twitter revela essa preocupação.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tem a seu lado a ex-senadora Marina Silva, que, principalmente por meio da internet, direcionou a campanha de 2010 para os jovens e conseguiu, assim, 19% dos votos. "Ela é a que melhor sabe fazer comunicação nas redes sociais e será um instrumento para mostrar aos jovens como os partidos são necessários", comenta o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), um dos coordenadores da campanha de Campos.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) tem publicado artigos e feito discursos voltados para a juventude. O tucano também uma estrutura específica dentro da legenda para tratar de mídias sociais e preparar estratégias para se aproximar desse público.

Enquanto isso, a presidente Dilma reforçou em seu governo políticas públicas para os jovens: pressionou o Congresso a aprovar o Estatuto da Juventude, a destinar boa parte dos royalties para a educação, além do investimento no programa Ciência sem Fronteiras. "O PT está organizando uma campanha voltada para ampliar o número de filiados jovens, que serão um dos focos da nossa política", afirma o vice-presidente do partido, Alberto Cantalice.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio Mello, destaca que despertar no jovem a necessidade de participação democrática pode ser a solução para que essa faixa etária faça a diferença no resultado de outubro. 

Segundo Mello, o tribunal fará uma campanha nacional em fevereiro para incentivar adolescentes entre 16 e 18 anos a tirarem o título de eleitor. "Vamos centrar nossas baterias neles para incentivar a crença de que atuarão ativamente na escolha de seus representantes, o que repercutirá também em suas vidas", evidencia. "Os jovens precisam entender que, se estamos insatisfeitos com algo no país, o local correto para o protesto de excelência é a urna, porque a sociedade não é vítima, mas a autora responsável pelos maus políticos que tem". (AC)

Fonte: Correio Braziliense

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