As chapas presidenciais que devem entrar na disputa deste ano já colocaram em campo estratégias específicas para se aproximar da geração de novos eleitores que chegam às urnas com a bagagem dos protestos do ano passado.
Esse movimento tem ficado cada vez mais claro. A contratação, feita pelo comando das três principais campanhas, de equipes específicas para cuidar de mídias digitais e o envolvimento mais efetivo de cada um deles no Facebook e no Twitter revela essa preocupação.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tem a seu lado a ex-senadora Marina Silva, que, principalmente por meio da internet, direcionou a campanha de 2010 para os jovens e conseguiu, assim, 19% dos votos. "Ela é a que melhor sabe fazer comunicação nas redes sociais e será um instrumento para mostrar aos jovens como os partidos são necessários", comenta o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), um dos coordenadores da campanha de Campos.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) tem publicado artigos e feito discursos voltados para a juventude. O tucano também uma estrutura específica dentro da legenda para tratar de mídias sociais e preparar estratégias para se aproximar desse público.
Enquanto isso, a presidente Dilma reforçou em seu governo políticas públicas para os jovens: pressionou o Congresso a aprovar o Estatuto da Juventude, a destinar boa parte dos royalties para a educação, além do investimento no programa Ciência sem Fronteiras. "O PT está organizando uma campanha voltada para ampliar o número de filiados jovens, que serão um dos focos da nossa política", afirma o vice-presidente do partido, Alberto Cantalice.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio Mello, destaca que despertar no jovem a necessidade de participação democrática pode ser a solução para que essa faixa etária faça a diferença no resultado de outubro.
Segundo Mello, o tribunal fará uma campanha nacional em fevereiro para incentivar adolescentes entre 16 e 18 anos a tirarem o título de eleitor. "Vamos centrar nossas baterias neles para incentivar a crença de que atuarão ativamente na escolha de seus representantes, o que repercutirá também em suas vidas", evidencia. "Os jovens precisam entender que, se estamos insatisfeitos com algo no país, o local correto para o protesto de excelência é a urna, porque a sociedade não é vítima, mas a autora responsável pelos maus políticos que tem". (AC)
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