Omissão da polêmica passagem de Dilma por Portugal selou a saída de Helena Chagas da Secretaria de Comunicação Social
Tânia Monteiro
BRASÍLIA - A polêmica sobre a passagem da presidente Dilma Rousseff por Lisboa, no fim de semana, omitida por ela em sua agenda oficial, selou a saída da ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas. Já há alguns meses Helena vinha sofrendo pressão do PT, que defendia que a secretaria adotasse um tom mais agressivo na defesa do governo, sobretudo neste ano eleitoral. O partido considerava o estilo da ministra muito tímido e conciliador.
A chegada de Thomas Traumann, atual porta-voz, ao cargo permitirá uma maior aproximação entre a comunicação de governo e da campanha, a exemplo do que deve ocorrer na Casa Civil, com Aloizio Mercadante.
Há dois anos, quando Traumann assumiu o cargo de porta-voz, a comunicação do governo passou a ficar dividida entre ele e Helena Chagas. Com o tempo, as diferenças de estilo de ambos se acentuaram. No fim do ano passado, Traumann esteve em um dos três dias do 5º Congresso do PT, quando discutiu com a cúpula do partido como se dariam os trabalhos de entrosamento da comunicação palaciana com a comunicação da campanha petista.
Traumann chegou ao Planalto como assessor de imprensa do ex-ministro Antonio Palocci. Com a saída de Palocci do governo, foi transferido para a assessoria da Presidência. Fortalecido, no ano passado assumiu o comando do gabinete digital do Planalto.
Helena já havia negociado sua saída do cargo com Dilma. A previsão inicial era de que ela só deixaria o cargo em março. Com o episódio envolvendo a parada técnica em Lisboa, o governo entendeu ser esta a oportunidade para antecipar sua saída.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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