Estado revelou nesta quarta que a presidente votou a favor da controversa transação que resultou em prejuízo para a Petrobrás
Rafael Moraes Moura - O Estado de S. Paulo
SOBRAL - Em visita a Sobral (CE), onde anunciou ações do governo no âmbito do programa Água para Todos, a presidente Dilma Rousseff evitou a imprensa e não quis responder a questionamentos de repórteres sobre a controversa operação de venda da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006. Reportagem do Estado revelou nesta quarta-feira, 19, que Dilma votou a favor da transação com base em um resumo feito pelo ex-diretor internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró.
Em nota, Dilma justificou que baseou sua decisão em um resumo que ela classifica de "falho" e "omisso". Na ocasião, a presidente era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás.
A refinaria foi comprada em duas etapas. Há oito anos, já era considerada obsoleta quando o conselho presidido por Dilma avalizou a compra. Mais tarde, após uma disputa judicial, a Petrobrás se viu "obrigada" a comprar a outra metade da refinaria, o que custou ao final US$ 1,2 bilhão.
Questionada pelo Broadcast Político sobre a operação, a presidente ignorou a pergunta do repórter e conversou apenas com populares que se aglomeravam em torno dela após a solenidade em Sobral.
De Sobral, Dilma embarca ainda hoje para Belém (PA), onde retomará uma intensa agenda de viagens. A presidente ainda participará de eventos em Marabá (PA) e Imperatriz (MA) nesta quinta.
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