Cristiane Agostine – Valor Econômico
SÃO PAULO - Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, a presença da ex-senadora Marina Silva (PSB) na chapa presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), tende a alavancar o pernambucano na eleição de outubro, segundo pesquisa de intenção de votos feita pelo Instituto Análise. No cenário em que aparece associado ao nome de Marina, Campos ficaria em segundo lugar na disputa, atrás da presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff. Sem a ex-senadora, o governador aparece atrás do senador e pré-candidato Aécio Neves (PSDB).
O Instituto Análise testou três cenários. No primeiro, sem Campos, Dilma aparece com 36% das intenções de voto; Marina Silva tem 25% e Aécio, 11%. Votos em branco, nulos e eleitores indecisos somam 28%. No segundo cenário, o mais provável das eleições de outubro, Dilma tem 38%, seguida por Aécio, com 17% e Campos com 7%. Indecisos, votos em branco, nulos totalizam 38%.
Já no cenário em que Dilma é citada tendo apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a petista chega a 39%. Nessa mesma simulação, Campos é associado à ex-senadora Marina e registra 21% das intenções de voto, seu melhor percentual. Aécio ficaria em terceiro lugar nesse cenário, com 12%. Votos em branco, nulos e eleitores indecisos 28%.
Foram entrevistadas 800 pessoas em São Paulo, na última semana de fevereiro e a margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.
Para o diretor do Instituto Análise, Alberto Almeida, a vantagem eleitoral de Campos ao lado de Marina não significa transferência de voto da ex-senadora para o pernambucano. "Mostra que as pessoas votariam porque Marina está lá, na campanha de Campos. O voto é dela", disse Almeida. O diretor do instituto ponderou que esse cenário é específico de São Paulo. "No resto do país os percentuais são diferentes e Eduardo sobe pouco quando é associado a Marina", disse Almeida.
Em 2010, a ex-senadora, então candidata à Presidência pelo PV, obteve em São Paulo percentual de votação semelhante ao que registrou no país. Marina Silva teve 20% dos votos válidos no Estado, enquanto no resultado nacional registrou 19,33%. No país, Dilma teve 46,9% dos votos válidos e em São Paulo, 37%. Já o então candidato pelo PSDB, José Serra, teve no Brasil 32,61% dos votos válidos no primeiro turno e em São Paulo chegou a 40%.
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