Andrea Pinheiro - Diário de Pernambuco
Além de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, o ex-governador Eduardo Campos (PSB), pré-candidato à Presidência da República, terá que resolver a posição do partido no Amazonas. Lá, parte dos socialistas defende o lançamento de candidatura própria, apesar da pouca musculatura do partido, com o nome do deputado estadual Marcelo Ramos. Por enquanto, há quatro pré-candidatos ao governo amazonense.
O governador José Melo de Oliveira (Pros), que foi eleito vice em 2010 e assumiu o governo recentemente, concorre à reeleição. Também vão concorrer o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB), a deputada Rebeca Garcia (PT) e o vice-prefeito de Manaus, Hissa Abrahão Filho (PPS).
A montagem das alianças regionais é vista como estratégica para a pré-candidatura de Eduardo Campos. Ainda desconhecido da maior parte da população, ele precisa dos palanques no estado para garantir a pulverização de seu nome. Publicamente, o presidenciável tem dito que os diretórios socialistas regionais devem decidir sobre o lançamento ou não de candidatura. Em Manuas, nesta sexta-feira (25), Eduardo garantiu que o debate sobre o quadro local não é o foco da visita.
"Os partidos daqui têm que decidir o que for melhor para o Amazonas", afirmou o presidenciável em entrevista. Ele disse que a presença dele na capital do estado, onde recebeu o título de cidadão do município, é para receber as contribuições para a elaboração do programa de governo. Neste sábado (26), o partido realizará o penúltimo seminário programático do PSB/Rede. "Não vamos discutir alianças regionais", assegurou.
Questionado se haveria problema em ter um palanque duplo no estado, com as candidaturas do PSB e do PPS, Eduardo Campos lembrou a sua trajetória política. Ele citou a eleição de 2006, quando ele e o senador Humberto Costa (PT) concorreram ao governo de Pernambuco com apoio do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Vou apoiar as candidaturas do meu conjunto político, quantas forem. Não terei nenhum constragimento, já convivi com essa situação", comentou. Ele acrescentou que o povo não está preocupado com o assunto, mas com a "situação do país".
Depois da participação no seminário, Eduardo Campos seguirá para o Piauí, onde cumprirá agenda em Teresina. Inicialmente, ele iria ao Maranhão, mas os compromissos foram cancelados.
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