“O formato da disputa será mais uma vez triangular, mas os três vértices são muito diferentes hoje, o que dificulta qualquer previsão. O PSDB tem Aécio Neves, político jovem, com rejeição menor do que a de José Serra em 2010. No PT, Dilma é o oposto. Em 2010, tinha sob seus pés o crescimento econômico de Lula e a imagem imaculada de mãe do PAC. Hoje, é a mais rejeitada numa situação econômica difícil. Mas tem ainda a força de Lula e o cargo, além de um tempo de TV ainda maior. Marina é maior do que em 2010, acrescida do sentimento das manifestações de 2013, do apoio de uma aliança e de uma máquina várias vezes maior do que que a que tinha em 2010 e mais que o dobro de tempo de TV. E ainda tem a carga emocional do trágico desaparecimento de Campos, que é algo difícil de mensurar. É bastante plausível que influencie em alguma medida o processo eleitoral”.
Antônio Lavareda, sociólogo, na entrevista: ‘Marina é o maior patrimônio que o acaso deu ao PSB’. O Globo, 15 de agosto de 2014.
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