• Sigla promete ingressar com representação no Ministério Público
- Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - A oposição vai ingressar com uma representação no Ministério Público Federal pedindo investigação sobre uma empresa que prestou serviços para a campanha da presidente Dilma Rousseff.
A Folha mostrou nesta sexta (5) que técnicos da Justiça Eleitoral suspeitam de irregularidades na contratação da UMTI, que recebeu R$ 874.332 da campanha petista.
A empresa emitiu notas de R$ 41.268 a R$ 160.328 pela locação de computadores e impressoras e prestação de suporte técnico para o comitê de campanha presidencial.
Seu CNPJ está ativo desde 2003, mas ela só obteve autorização da Prefeitura de Florianópolis --um dos locais onde declara estar instalada-- para emitir notas em setembro, já em plena campanha.
No site da UMTI há dois endereços e telefones: um em Florianópolis, outro em Santa Cruz do Sul (RS). O primeiro não é mais da empresa. Os telefones não existem.
A ação será levada pelo PSDB. "É mais uma questão grave que ronda a campanha à reeleição da presidente e só ajuda a construir uma situação cada vez pior para ela", disse o líder tucano na Câmara, Antonio Imbassahy (BA).
Presidente do DEM, o senador José Agripino (RN) reforçou: "É o começo do fio de uma meada [...]. Com o João Vaccari [tesoureiro do PT] envolvido com as denúncias, a campanha de Dilma estará comprometida. É preciso aguardar com muita atenção as constatações que estão por vir. Providências se imporão".
A reportagem foi a Santa Cruz do Sul, mas a sede da UMTI está fechada. A Folha visitou um terceiro endereço, também em Florianópolis, informado nas notas fiscais e na Receita. No local, há um prédio residencial, onde mora o dono da firma, Davi Unfer.
Ele reconheceu não haver empresa ali, mas disse que ela "funciona" provisoriamente no local porque ele tenta, há dois anos, transferir a sede do Rio Grande do Sul para a cidade catarinense.
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