• Cunha afirma que líder do governo é "fraco e desagregador"; Chinaglia faz críticas a Temer
Márcio Falcão e Ranier Bragon – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - A disputa pela presidência da Câmara provocou nesta quinta (22) nova troca de provocações entre as campanhas de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Apontado como favorito, Cunha criticou o líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), que reclamou do peemedebista ter dito que recebeu informações de que a Polícia Federal teria montado uma gravação para incriminá-lo no escândalo da Petrobras.
Líder do PMDB, Cunha disse que o partido não negocia mais com o petista. "Fontana sempre foi um líder fraco, desagregador, radical em suas posições e que levou o governo a várias derrotas", afirmou o deputado pelo Twitter.
Ele ainda acusou o líder do governo de atuar em favor de Chinaglia, não respeitando o fato de que ele e o petista integram a base governista: "Ele se comporta como líder do PT no governo e não como líder de um governo que tem vários partidos na base."
Fontana disse que não iria polemizar e que seu candidato é Chinaglia, para quem continuará a pedir votos.
Em outra frente, Chinaglia mirou o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), para se defender das acusações de que ministros estariam oferecendo cargos a deputados para dar fôlego à sua campanha.
"Você acha normal o vice-presidente apoiar uma candidatura? (...) Não vou reclamar porque ele assinou uma nota apoiando o candidato do PMDB", disse o petista.
Em meio aos embates, as campanhas de PT e PMDB correm para consolidar alianças, mas a grande aposta dos dois candidatos para vencer é na traição de partidos que fecharem com o adversário. A votação do dia 1º é secreta.
Cunha conseguiu nesta quarta que o Solidariedade divulgasse nota cobrando unidade nos partidos de oposição e pedindo a retirada da candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), apoiado por PSDB, PPS, PV e PSB --que somam 106 votos.
Cunha tem o apoio de PMDB, PTB, DEM, PRB, Solidariedade e PSC, com 161 votos. A expectativa, porém, é de chegar a 290, apostando principalmente no PSD, PR e PP.
Chinaglia recebeu nesta quinta o apoio do PSD (36), reforçando a aliança com PC do B (10), Pros (11) e PT (69), mas espera amealhar votos do PRB, PTB, PSDB e até no próprio PMDB.
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