Andréa Jubé e Raquel Ulhôa - Valor Econômico
BRASÍLIA - Enquanto a presidente Dilma Rousseff busca preservar o mandato, um plano de ação para afastá-la do cargo avança no Congresso. A articulação pressupõe a rejeição das contas de seu governo no Tribunal de Contas da União, que o Palácio do Planalto dá como favas contadas.
Uma lista com um placar estimado da admissibilidade do impeachment circula em um grupo restrito de deputados. A expectativa de recondução dentro de 60 dias do procurador-geral da República, Rodrigo Janot - que conduz as investigações da Lava-Jato -, acentua o ambiente de tensão.
De seu lado, o comando do PMDB vem analisando diferentes propostas para evitar o impeachment - desfecho considerado traumático, mas o mais provável. Uma das hipóteses levantadas no grupo ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao ex-presidente José Sarney é a implantação do parlamentarismo já, durante o atual mandato, se o impeachment tornar-se inevitável. Mas essa é uma alternativa que seus defensores consideram de difícil viabilidade porque teria obstáculos no STF, na oposição, na sociedade e na própria presidente.
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