Por: Valéria de Oliveira - Portal do PPS
“O governo mais uma vez joga nas costas do povo a conta por suas irresponsabilidades”, disse o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), ao comentar o anúncio feito pelos ministros da área econômica de que a CPMF será recriada.
Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) falaram sobre medidas relativas ao orçamento na tarde desta segunda-feira (14) em entrevista coletiva.
Freire lamentou que o governo tenha partido para a recriação e aumento de impostos e feito cortes “insignificantes” nas suas despesas. “Na questão da austeridade, o governo continua não dando nenhum exemplo”, salientou.
“O corte (de gastos) é insignificante, de R$ 26 bilhões, quando a receita dos novos impostos prevista é quase o dobro, de R$ 45 bilhões”, observou Roberto Freire. Na redução de ministérios e de cargos de confiança a expectativa de economia é de apenas R$ 200 milhões.
O presidente do PPS avalia que o aumento da carga tributária terá “muita dificuldade” de ser aceito pela sociedade brasileira e pelo Congresso Nacional.
“É tanta irresponsabilidade que o governo mandou um orçamento para o Congresso com um déficit de R$ 30,5 bilhões porque não teve a coragem de assumir isso que agora está assumindo”, lembrou Freire.
Segundo ele, o Planalto só tomou essa postura agora “não por respeito à sociedade brasileira, mas pelo temor de que outras agências de classificação (responsáveis por avaliar o grau de investimento) também rebaixem a nota do Brasil”. “É antes de tudo um governo covarde e que não responde à sociedade brasileira”, salientou.
O parlamentar lembrou que o governo não fez aquilo que sua própria base, inclusive o PMDB, indicou, que era enxugar despesas e evitar elevação da carga tributária. “Eles fizeram o contrário”.
Sobre o termo usado pelo ministro Joaquim Levy de que a proposta é de prorrogação da CPMF, Freire retrucou: “Não tem prorrogação nenhuma. É mais uma vez um governo mentiroso. Estão tentando recriar a CPMF”.
Ao ser questionado sobre quais medidas esperava ver o governo tomar, Freire, afirmou que não espera mais nada da administração Dilma Rousseff. “Esperava que saísse, que pedisse o chapéu e fosse embora. Seria o melhor para o Brasil”.
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