quarta-feira, 27 de julho de 2016

Osorio e Indio negociam chapa única no Rio

• Mas os dois resistem a abrir mão de candidatura a prefeito para ser vice

- O Globo

De olho principalmente no aumento do tempo de televisão, PSDB e PSD abriram negociação no Rio para fazer uma aliança na disputa para a prefeitura. A dificuldade é que tanto o candidato do PSDB, Carlos Osorio, quanto o do PSD, Indio da Costa, resistem a abrir mão da cabeça de chapa. O PSDB já oficializou, em convenção, a candidatura de Osorio.

Eventual acordo entre PSDB e PSD aumentaria as chances de a chapa atrair o PSB, cujo apoio passou a ser disputado após o senador Romário desistir de concorrer. O PSB também conversa com os pré-candidatos do PRB, Marcelo Crivella, e da Rede, Alessandro Molon.

— Se essa chapa se consolidar, seria uma excelente alternativa — afirmou o presidente regional do PSB, deputado federal Hugo Leal.

Dirigentes do PSDB dizem que o objetivo é formar “um novo eixo político no Rio” e argumentam que Indio está isolado. O candidato do PSD apostava na coligação com o PR, mas o partido vive um impasse. O presidente estadual do PR, Anthony Garotinho, chegou a anunciar apoio a Indio, mas sua filha, a deputada federal Clarissa Garotinho (PR), presidente do diretório municipal, quer uma aliança com Marcelo Crivella.

— Nosso eleitorado se identifica mais com o Crivella. E essa vai ser uma eleição difícil, por causa da mudança de regras, ninguém quer um candidato que você tenha que empurrar — disse Clarissa.

Apesar de dirigentes do PSDB e do PSB terem confirmado as conversas para a formação de uma chapa única com o PSD, Osorio negou:

— Isso não foi tratado ainda. Tanto o PSDB quanto o PSD estão conversando com o PSB. Como existe essa triangulação, isso pode levar a uma nova conversa. Mas hoje a conversa na mesa é PSDB com PSB e PSD com PSB — afirmou o candidato tucano.

Indio, por sua vez, disse que está mais bem colocado nas pesquisas encomendadas por ele. Logo, aceitaria um acordo desde que fosse cabeça de chapa:

— Eu acho que uma aliança nesse campo é muito importante, mas tem que ter viabilidade eleitoral.

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