sexta-feira, 22 de julho de 2016

Procuradoria no DF reitera denúncia contra Lula

A Procuradoria no Distrito Federal reafirmou denúncia contra o ex-presidente Lula por tentativa de obstruir a Justiça, já oferecida ao STF quando o caso tramitava no tribunal. 

• Delcídio, Esteves, Bumlai e seu filho também são acusados de obstruir apuração da Lava-Jato

- O Globo

-BRASÍLIA- A Procuradoria da República no Distrito Federal reiterou denúncia contra o ex-presidente Lula; o ex-senador Delcídio Amaral; o banqueiro André Esteves; o pecuarista José Carlos Bumlai e seu filho Maurício Bumlai; e mais duas pessoas por tentativa de obstrução às investigações da Lava-Jato. Eles são acusados de crimes de organização criminosa, exploração de prestígio e patrocínio infiel.

A primeira denúncia foi feita em dezembro pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, quando o caso ainda tramitava no Supremo. Um aditamento foi feito posteriormente para incluir Lula. Com a cassação do mandato de Delcídio, em maio, ele perdeu o foro privilegiado, e a investigação foi para a Justiça Federal de Brasília.


Numa das diligências, a ProcuradoriaGeral da República pediu dados bancários que comprovassem as movimentações financeiras dos Bumlai com o objetivo de barrar a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Essa diligência foi autorizada pelo STF. As provas, obtidas após o ex-presidente ser denunciado, corroboraram as acusações e foram incluídas na reiteração da denúncia. Todo o material é mantido sob sigilo.

Em delação, Delcídio acusou Lula de participação na tentativa frustrada de derrubada da delação de Cerveró. Segundo o delator, o ex-presidente agiu para que a família Bumlai interferisse, inclusive financeiramente, nos rumos da colaboração de Cerveró.

Delcídio disse ter procurado Maurício Bumlai e obtido repasses em dinheiro vivo. O senador cassado disse ter feito repasse de R$ 50 mil ao advogado de Cerveró, Edson Ferreira. Os dados bancários mostram movimentação pouco antes dos repasses em dinheiro e reforçam atuação do grupo na atividade criminosa. Esteves, do BTG, fez o mesmo a partir de ofensiva do grupo de Delcídio, segundo a delação. O caso levou Delcídio à prisão em novembro passado. Ele foi solto após virar delator.

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