Por Marcos de Moura e Souza – Valor Econômico
BELO HORIZONTE - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ontem que as campanhas municipais deste ano exigirão dos candidatos propostas com mais consistência para compensar a falta de dinheiro.
Aécio participou da convenção do PSDB de Belo Horizonte que oficializou a candidatura do deputado estadual João Leite (PSDB) a prefeito. As regras para a eleição deste ano proíbem que empresas façam doações às campanhas. O dinheiro terá de vir de doações individuais e do fundo partidário.
"Serão campanhas franciscanas onde a sola de sapato e o conteúdo dos candidatos terão um peso muito mais relevante do que peso que tiveram em outras campanhas", disse o senador a jornalistas. Segundo ele, os recursos do fundo partidário não serão suficientes para viabilizar candidaturas em nenhuma cidade do país. "Os candidatos vão ter que buscar contribuições pessoais", disse.
O candidato de Aécio em Belo Horizonte ainda não informou quanto pretende gastar. Ele apareceu como líder em intenções de voto em uma pesquisa divulgada no mês passado. E tem confirmado ao seu lado PP e DEM. Tucanos esperam também PTB e PPS.
Candidato derrotado à Presidência em 2014, Aécio, que é um dos possíveis candidatos do partido nas eleições presidenciais de 2018, disse que as negociações deste ano terão reflexos para o próximo pleito. "Estou muito feliz de estar hoje ao lado dos mesmos companheiros com os quais iniciamos essa caminhada, mas acredito em desdobramentos, com o fortalecimento desse grupo político, para 2018."
O tucano também falou do processo de impeachment que tramita no Senado contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT). O relator do processo é o aliado de Aécio, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que afirmou que concluirá o texto no fim de semana para que ele possa ser lido na sessão de terça-feira.
No discurso a militantes, Aécio disse que a Anastasia entrará para a história por ter sido o autor do "relatório que colocou fim definitivo ao mais corrupto governo da história deste país".
Aécio teve seu nome associado a supostos casos de corrupção em delações feitas no âmbito na operação Lava-Jato. Ele nega irregularidades, assim como Dilma que tem dito que nunca desviou dinheiro público.
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