• Ela rejeitou ser tratada como presidenta, ao contrário de Dilma
Carolina Brígido - O Globo
Eleita ontem presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia foi clara: não quer ser chamada de presidenta, como faz questão Dilma Rousseff. Para Cármen, é presidente. Pouco tempo depois de ela ser escolhida para o cargo — em uma eleição simbólica, conforme o critério de antiguidade na Corte —, o atual presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski, passou a palavra para a colega votar em um processo.
— Concedo a palavra à ministra Cármen Lúcia, nossa presidenta eleita... Ou presidente? — questionou Lewandowski.
— Eu fui estudante e sou amante da língua portuguesa, e acho que o cargo é de presidente, não é? — declarou a ministra, sorrindo.
O ministro Gilmar Mendes ainda ironizou o voto da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) no Senado, durante a sessão que tornou Dilma ré no processo do impeachment.
— Presidenta inocenta — disse Mendes, repetindo de forma irônica o discurso da senadora amazonense.
Cármen ocupará o posto pelos próximos dois anos. Ela foi escolhida porque é a mais antiga integrante do tribunal que ainda não ocupou o cargo. O ministro Dias Toffoli, o seguinte na ordem de antiguidade, será o vice-presidente. O mandato de Lewandowski termina em 10 de setembro. A data da posse de Cármen foi marcada para 12 de setembro.
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