Por André Guilherme Vieira – Valor Econômico
SÃO PAULO - O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que não há risco de o governador Geraldo Alckmin deixar o PSDB após a recondução do senador tucano Aécio Neves (MG) à presidência da legenda. Caberá a Aécio coordenar a forma de escolha do candidato do PSDB à campanha presidencial de 2018. O governador paulista e o senador mineiro travam um embate político nos bastidores, pelo protagonismo na legenda.
"Nenhum risco, não tem", respondeu Doria, ontem, ao ser indagado por jornalistas depois de ser diplomado prefeito, em solenidade realizada na Sala São Paulo, na estação Júlio Prestes, região central da capital.
Doria preferiu não comentar a recondução de Aécio à presidência nacional do PSDB.
Questionado sobre mudanças em suas promessas de campanha, o prefeito eleito minimizou e disse que o que foi prometido será cumprido. "Quero todo mundo do governo a partir das 6 horas da manhã de 1º de janeiro com vassoura na mão, para limpar São Paulo", desconversou. Doria assume o mandato no dia 1º de janeiro.
Durante a cerimônia de diplomação de Doria e dos 55 vereadores eleitos para a capital, houve uma série de manifestações de "claques" dos parlamentares que subiam ao palco para receber seus diplomas. Teve coro de "fora Temer" e vaias para os que criticavam o atual presidente da República. A vereadora eleita pelo Psol, Sonia Bomfim, vestia camiseta com os dizeres "fora Temer".
Em viagem ao Paraná, onde foi homenageado com uma comenda estadual, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, desconversou sobre sua eventual candidatura à presidência da República. "Isso está muito longe; tudo tem seu tempo", disse ontem, ao ser perguntado sobre o tema.
Cotado como presidenciável no PSDB, o político pretende iniciar uma séries de caravanas pelo Nordeste a partir de janeiro, com o objetivo de fortalecer sua pré-candidatura, segundo aliados.
O tucano também evitou comentar a recondução de Aécio Neves à presidência do PSDB por mais um ano, fato que desagradou aliados do governador paulista. A posição é considerada estratégica no partido, e pesa no processo para definição do nome do presidenciável tucano em 2018. Derrotado em 2014, Aécio também está no páreo para concorrer à Presidência. (Com agências noticiosas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário