• Presidente admite ceder em outros pontos, como contribuição por 49 anos para benefício integral
- O Globo
O presidente Michel Temer disse ontem que o governo pode aceitar negociar alguns pontos da reforma da Previdência, mas a idade mínima de 65 anos está fora de questão. Em entrevista à agência de notícias Reuters, Temer admitiu que protestos contra o projeto devem acontecer, mas que a oposição é a temas específicos.
— Evidentemente, o caso da idade fica difícil você negociar. A idade é fundamental para esta reforma — afirmou, em entrevista à agência no Palácio do Planalto.
O governo aceita negociar outros pontos polêmicos que já foram citados por líderes no Congresso como difíceis de serem aprovados. Entre eles, a desvinculação do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas com deficiência, do reajuste do salário mínimo; e a necessidade de contribuição de 49 anos para que o trabalhador receba o valor máximo da aposentadoria.
Temer garantiu que a reforma da Previdência, que começará a ser discutida a partir de fevereiro em uma comissão especial, será aprovada este ano. E defendeu ainda a discussão da reforma trabalhista.
O presidente disse também que sua maior preocupação é com o desemprego. Ele admitiu que a retomada das contratações pode demorar, já que as empresas têm capacidade ociosa.
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