Rogério Pagnan | Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse na manhã deste domingo (21) que o PSDB fará uma avaliação sobre a crise política no país, mas que, para ele, "nada mudou" em relação à atuação do partido após o surgimento de denúncias envolvendo o presidente Michel Temer (PMDB).
"O nosso compromisso é com o Brasil. E principalmente segurar a economia. E tentar empurrar as reformas, mesmo num quadro adverso", disse. "Para nós não mudou nada. Nosso compromisso é com o Brasil, com as reformas, com retomada do crescimento, e do emprego."
E continuou. "O Brasil já passou por outras crises, superou e vai superar também essa crise."
As declarações do tucano foram dadas pela manhã logo após uma operação policial de combate o tráfico de drogas na região central da capital, conhecida como cracolândia.
"Nós temos que ter responsabilidade neste momento, a crise é grave, o desdobramento, nós temos que acompanhar. O PSDB vai ter nos próximos dias uma reunião de avaliação. Nós estávamos começando a recuperar a economia. Os indicadores econômicos começando a melhorar. Vai ter que redobrar o trabalho, redobrar o esforço, para poder manter esse rumo."
Instado a comentar o pronunciamento do presidente, Alckmin se limitou a dizer que "foi importante". "Foi importante o pronunciamento dele, para explicar as questões. Vamos aguardar", disse.
O governador estava acompanhado do prefeito João Doria, seu afilhado político, que no dia anterior também havia clamado por "bom senso" de deputados e senadores para aprovação das reformas proposta pelo governo federal.
"O PSDB não deve romper com o Brasil. O PSDB deve ter equilíbrio. Numa situação como essa, bom senso, equilíbrio, serenidade, são fundamentais", disse o prefeito após participar de uma ação de zeladoria da prefeitura na zona sul da capital.
"O país precisa sobreviver. A economia precisa sobreviver. As reformas precisam sobreviver. Por quê? Porque a população que mais sofre são os 14 milhões de brasileiros que estão desempregados. A desestabilidade econômica por força de uma ruptura pode prejudicar ainda mais esses 14 milhões de desempregados, e aqueles que estão subempregados e que vivem no sofrimento."
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