Juiz sugere, no Twitter, que PGR deveria analisar declarações de petista
Miguel Caballero /O Globo
Depois que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que seria preciso “matar gente para prender o Lula”, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) manteve o tom de confronto às vésperas do julgamento do recurso do ex-presidente contra sua condenação no caso do tríplex no Guarujá. Em vídeo, disse que os apoiadores do ex-presidente devem estar “mais preparados para o enfrentamento, para as lutas de rua” e que “não é hora de uma esquerda fraca”.
Após a publicação do vídeo, o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Lava-Jato no Rio, reagiu às declarações do parlamentar:
“É só uma impressão ou há senadores da República conclamando grupos de pessoas para atos de violência? Não creio que isso seja um padrão racional de estado democrático de direito”, escreveu o magistrado, acrescentando, em resposta à própria pergunta, que “melhor dirá” a Procuradoria-Geral da República (órgão responsável por processar congressistas).
Ao GLOBO, Lindbergh negou que tenha incitado a violência:
— O que não é padrão no estado democrático de Direito, como ele escreveu, é um juiz falar fora dos autos. Não falei sobre atos violentos. Defendo que a esquerda não deve aceitar uma nova condenação do Lula, porque ele foi condenado sem provas. É lutar, ir para manifestações — afirmou o senador.
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