Ana Luiza Albuquerque / Folha de S. Paulo
PORTO ALEGRE - O procurador regional da República Mauricio Gotardo Gerum não vê motivos para pedir a prisão cautelar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo nota divulgada pelo Ministério Público Federal na tarde desta quinta-feira (18).
O Ministério Público Federal informou que divulgou o comunicado para desmentir reportagens veiculadas na imprensa sobre um "suposto pedido de prisão" do ex-presidente.
Na nota, o procurador afirma que, em caso de condenação do petista, qualquer medida relativa ao cumprimento da pena seguirá o andamento normal da execução penal, "não havendo razões para precipitá-la".
"Gerum não formalizou, e não vê razões para formalizar, qualquer pedido em relação à prisão cautelar", diz o comunicado.
Isso significa que uma eventual prisão só aconteceria depois de esgotados todos os recursos na corte, em caso de condenação.
O caso de Lula está sob responsabilidade da equipe do Ministério Público Federal que atua junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre.
O ex-presidente será julgado pelo tribunal na próxima quarta-feira (24). Em julho do ano passado, ele foi condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A corte já informou que Lula só poderá ser preso, caso condenado, após a tramitação de todos os recursos.
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