- Blog do Noblat
Quando a história se repete é como farsa
O que espera Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, para anunciar que a reforma da Previdência só será votada ali depois das eleições de outubro? Ou, se for o caso, depois da posse do sucessor do presidente Michel Temer, o que parece mais provável?
Se ele esperava o carnaval passar, já passou. Se ele espera a próxima segunda-feira, quando a Câmara finalmente voltará das férias, ela está às portas. Até os garçons que servem cafezinhos no gabinete de Maia sabem que o governo não tem e nem terá votos para aprovar a reforma.
E este é o problema que mais aflige Temer no momento: o que fazer até o último dia do seu mandato se a promessa por mais reformas foi para o lixo? Como matar o tempo até lá? Como dar a impressão de que há governo quando há muito ele deixou de existir?
Temer persegue uma relevância que perdeu ao ser atingido por sucessivas denúncias de corrupção. Corre o risco de ser alcançado por outra. A Polícia Federal está longe de concluir uma investigação que o envolve. Sem sucesso, seu diretor-geral, Fernando Segóvia, tentou abreviá-la.
O carnaval do protesto enterrou de vez a manobra diversionista de Temer de se apresentar como possível candidato à reeleição. Com que roupa ele desfilaria na avenida? Com a do presidente vampiro, emoldurado por cédulas de dinheiro, destaque de carro alegórico da Tuiuti?
No último ano do seu governo, desacreditado e combalido, o presidente José Sarney, à falta do que fazer, inventou a candidatura de Sílvio Santos para derrotar os demais candidatos que só queriam distância dele. Quem sabe, Temer não tentará o mesmo, desta vez com Luciano Huck?
A Justiça barrou a candidatura de Sílvio. Espera-se que Huck tenha juízo e continue a fazer bem o que sabe. Seria o melhor para todos.
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