Coluna do Estadão | O Estado de S. Paulo
Dilma Rousseff (PT) anunciou sua candidatura ao Senado, mas, no que depender dos tucanos mineiros, ela pode nem sair do papel. O presidente do PSDB no Estado, Domingos Sávio, afirma que a legislação sobre o impeachment é clara: além da perda do mandato, determina a perda dos direitos políticos. O acordo feito no Senado no dia da cassação, que vetou essa parte da punição, não seria suficiente para garantir sua candidatura. O tucano está confiante que o próprio MPE proporá a impugnação. Caso não o faça, o PSDB já se prepara para fazê-lo.
Quem decide. Pelo menos um ministro do TSE e um do Supremo concordam com a avaliação de Domingos Sávio de que a “decisão do Senado não redime a petista da condenação”.
Com a palavra. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) rebate. Para ele, a impugnação é a tentativa de dar outro golpe, impedindo que Dilma seja candidata.
Ganhou ponto. O presidenciável Ciro Gomes (PDT) impressionou o comandante do Exército, general Villas Bôas, na recente conversa que tiveram. O general está ouvindo todos os pré-candidatos.
Compara. A interlocutores, Villas Bôas disse que Ciro se mostrou muito preparado, fugindo do óbvio discurso de reforçar as fronteiras. O ex-capitão Jair Bolsonaro (PSL) não entusiasma o alto-comando do Exército. Ele tem mais respaldo entre praças e suboficiais.
Sinais. Chamou a atenção de petistas o ex-presidente Lula ter escolhido Fernando Haddad para representá-lo na conversa com o general Villas Bôas. Preteriu Jaques Wagner, que já foi ministro da Defesa de Dilma, sinalizando quem será seu “plano B”.
Larga d’eu. Michel Temer é, em parte, responsável pelo fraco desempenho de Geraldo Alckmin nas pesquisas. Levantamentos mostram que, para o eleitorado, os dois políticos estão associados. Ninguém sabe que Temer é do MDB e Alckmin, do PSDB.
O escolhido é… O presidente Michel Temer deve confirmar nos próximos dias o nome de André Pepitone da Nóbrega na presidência da Aneel.
Muda isso. O PSOL vai acionar a Câmara para substituir o texto do perfil de Eduardo Cunha publicado no site da Casa na galeria de ex-presidentes. A Coluna revelou que Cunha é apresentado como um político que “conquistou merecida credibilidade e respeito de seus pares”.
Currículo. No ofício, o líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), sugere um novo texto e acrescenta que Cunha foi “o principal mentor do impeachment de Dilma” e “atualmente se encontra preso”.
Não fala comigo. Avessa a entrevistas, a ministra Rosa Weber cogita ter uma espécie de “porta-voz” para ajudar no relacionamento com a imprensa. Entre os nomes ventilados, estão o do ex-ministro do TSE Henrique Neves e de Luís Roberto Barroso, que será vice-presidente do TSE.
Vem aí. Rosa assume a presidência do TSE em meados de agosto, no crucial momento em que a Corte eleitoral vai analisar os registros de candidaturas. Ela vai substituir o atual presidente, ministro Luiz Fux.
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