Sertão velho. Vida dura. Roça seca. Sol malvado! Cruel, destruidor! Menino com fome. Mãe do menino com fome. Pai do menino com fome. Nenhuma nuvem no céu. Só ele! O sol soberano e absoluto num imenso e fantástico espaço azul, infinito. Sede. Água longe, distante e aquele caminho comprido pra Maria pegar lá.
Bom, mas noutro canto, as vezes ele se esconde atrás daquela nuvem cinzenta que vai se desmanchando, desmanchando e as gotinhas não param de cair. De dia, de noite. Ah! Chuvinha chata, impertinente, derrubadora, enchendo d’água tudo que é buraco. Céu fechado. Não tem sol! Anda lá pelo sertão do cafundó do judas, castigando tudo. Não tem pão, nem feijão nem alegria. Só fome, tristeza, João e Maria!
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