“Um estratégia de mudança que tem a democracia como premissa e a construção da equidade e da sustentabilidade como objetivos deve ser considerada a plataforma, em construção, de uma esquerda democrática. Avançar nesse rumo implica, contudo, substituir a percepção de emancipação como simples retirada de empecilhos para a realização da liberdade por uma alternativa que enfatize o aspecto de construção, de processo, de aprendizado coletivo que o processo der mudança com essa finalidade carrega.
Atribui-se a Michelangelo a definição de escultura como a arte de retirar, em oposição à pintura, que seria a arte de acrescentar. Nessa imagem, a estratégia de mudança da esquerda democrática teria semelhança maior com a pintura: um processo de acumulação e aprendizado, de experiência coletiva tanto de decisões relevantes quanto de assumir a responsabilidade por suas consequências.”
*CF. “Socialismo, democracia, esquerda democrática”. In: As esquerdas e a democracia, coletânea organizada por José Antônio Segatto, Milton Lahuerta e Raimundo Santos. Brasília: Verbena Editora/FAP, dezembro de 2018.
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