- Equipe BR Político / O Estado de S. Paulo
Em sua participação na noite de segunda-feira no Roda Viva, da TV Cultura, o ex-secretário-geral da Presidência Gustavo Bebianno voltou a afirmar, desta vez com mais detalhes, que Carlos Bolsonaro quis montar uma “Abin paralela” para produzir dossiês contra adversários do pai dentro do Palácio do Planalto, no início do governo.
Segundo ele, coube a ele e ao então secretário de Governo Carlos Alberto Santos Cruz dissuadir o presidente de atender a ideia do filho. Bebianno disse ter deixado claro a Bolsonaro que aquilo poderia ensejar seu impeachment. Ele também descreveu o funcionamento do chamado “gabinete do ódio”, integrado por assessores ligados a Carlos e que atua no Planalto alimentando as redes sociais bolsonaristas.
O ex-ministro não quis dar o nome do delegado da Polícia Federal cogitado por Carlos para a “Abin paralela”, nem se ele atua hoje no governo. Afirmou que guarda farto acervo de documento sobre a campanha presidencial e seus meses no governo, mas negou quando questionado se mantinha isso em segredo como forma de chantagem contra o ex-aliado.
Bebianno fez críticas à sucessão de crises criada por Bolsonaro, compartou aspectos do governo à Venezuela e afirmou que, em 2019, Bolsonaro já usara o expediente de convocar contatos por WhatsApp para protesto contra o Congresso.
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