“Difícil imaginar que a
convergência de crises apague os sinais de batismo das duas sociedades. O mundo
globalizado, ao contrário do que pensam os detratores, não é uma abstração
vazia na qual sumam as combinações particulares de liberdade e igualdade,
indivíduo e comunidade. Contudo, seja no mundo “ibérico”, seja no
“anglo-saxão”, o requisito para despontarem a diferença e a multiplicidade é a
universalidade da democracia. Sem ela, como o comprovam cotidianamente Trump e
Bolsonaro – o original e o rascunho –, não equacionaremos a atual e aguda crise
civilizatória. Na verdade, nem sequer a perceberemos.”
*Tradutor e ensaísta, é um dos organizadores
das ‘Obras’ de Gramsci no Brasil. “Duas nações, uma crise”, O Estado de S.
Paulo, 20/09/2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário