Petismo
e bolsonarismo levaram uma coça nas capitais
O
petismo e o bolsonarismo levaram uma coça nas eleições das capitais. As fake
news e os disparos em massa que marcaram a campanha presidencial foram controlados
e de pouca eficácia. A campanha em São Paulo deu o exemplo, com civilidade e
respeito, mesmo no calor dos debates, e com o vencido cumprimentando o vencedor
e prometendo uma oposição dura, mas construtiva. Guilherme Boulos substitui o
petismo como uma esquerda mais moderna, realista e democrática, que vai se
afastando do radicalismo, consciente de que o caminho para chegar aos seus
objetivos sociais não se faz sozinho.
Sai de cena o petismo barbudo, sindicalista e populista, e entra uma cara limpa e jovem, com um discurso inteligente e articulado, que teve uma espetacular votação entre os jovens paulistanos, numa eleição marcada, mais que por classes sociais, sexo, raça ou religião, pelo choque de gerações, com Bruno Covas mais votado entre os mais velhos.
Como
um vírus fatal, quem Bolsonaro apoiou virou pó, como o satânico bispo Crivella,
que foi escorraçado pelos cariocas, mesmo com o apoio envergonhado do
presidente, que fez de tudo para não ser sócio da derrota fragorosa de
Crivella, com uma das campanhas mais sujas, mentirosas e vergonhosas destas
eleições, usando o Santo Nome em vão e abusando do falso testemunho. Só ganhou
em cinco zonas eleitorais no primeiro turno, não por acaso, dominadas pela
milícia.
O
DEM de Rodrigo Maia, ACM Neto e Eduardo Paes se apresenta como uma
centro-direita civilizada, democrática e moderna, se afastando do Centrão
corrupto e da direita hidrófoba bolsonarista e ganhando em Salvador e no Rio de
Janeiro por uma montanha de votos.
O
obscurantismo, o preconceito e a intolerância foram derrotados porque são o
avesso do Rio de Janeiro, que reúne em suas praias e festas populares brancos e
pretos, pobres e ricos, gays e héteros, religiosos e pagãos.
Eduardo Paes fala demais, diz muita bobagem, mas foi um dos nossos melhores prefeitos. E Crivella, o pior da história. Vade-retro! Aleluia, Rio!
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