Ameaça de deixar governo desfavorece ministro da Defesa
BRASÍLIA. Outra situação de desconforto é com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. No Planalto, ele é visto como o melhor nome para a pasta, principalmente pela autoridade que tem junto aos militares. Mas existe incômodo com o que foi classificado internamente de "chantagem" permanente, que são os recados dele, pelos jornais, de que pode deixar o governo nos próximos meses. Jobim estaria contrariado com o corte orçamentário em sua pasta, principalmente por causa da reação dos militares.
Outro integrante que ficou frágil na equipe é a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Há duas semanas, Dilma saiu em socorro de Ana ao cancelar a nomeação do sociólogo Emir Sader, que tinha chamado a ministra de "meio autista", para o comando da Fundação Casa de Rui Barbosa. Mas a percepção no núcleo do governo é que Ana de Hollanda ainda precisa mostrar autoridade e pulso para conduzir os problemas da Cultura e, principalmente, o polêmico debate sobre direitos autorais.
Numa situação semelhante está o ministro do Turismo, o peemedebista Pedro Novaes. Até agora, o governo não viu uma ação concreta da pasta do Turismo, e Dilma praticamente não se encontrou com Novaes.
- Mas, nesses dois primeiros meses, não há uma avaliação consolidada de todos os ministros. Ao mesmo tempo que há cobranças num dia, a presidente pode fazer elogios no outro - observou um assessor direto de Dilma.
Desempenho de Palocci superou expectativas
Mas também são muitos os exemplos positivos. Para Dilma, superou todas as expectativas o desempenho do ministro Antonio Palocci. E principalmente a relação direta com ele no Planalto. Na transição, houve uma resistência inicial à presença de Palocci no Planalto, mas, segundo interlocutores, hoje ela avalia que o seu maior acerto foi ter nomeado o ex-ministro da Fazenda para a Casa Civil. Nesse período, ele ganhou ainda mais a confiança de Dilma.
Outras nomeações muito elogiadas são as dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Alexandre Padilha (Saúde). Mas a grande surpresa para Dilma foi o desempenho do ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional). A presidente tem ressaltado a rapidez nas providências do ministro no desastre ambiental da Região Serrana do Rio, e também em outros episódios semelhantes ocorridos nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul.
Outro ministro que reforçou a boa impressão que já causava na presidente é Antonio Patriota (Relações Exteriores). Ele conseguiu dar uma nova personalidade à política externa do governo, de forma suave.
FONTE: O GLOBO
BRASÍLIA. Outra situação de desconforto é com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. No Planalto, ele é visto como o melhor nome para a pasta, principalmente pela autoridade que tem junto aos militares. Mas existe incômodo com o que foi classificado internamente de "chantagem" permanente, que são os recados dele, pelos jornais, de que pode deixar o governo nos próximos meses. Jobim estaria contrariado com o corte orçamentário em sua pasta, principalmente por causa da reação dos militares.
Outro integrante que ficou frágil na equipe é a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Há duas semanas, Dilma saiu em socorro de Ana ao cancelar a nomeação do sociólogo Emir Sader, que tinha chamado a ministra de "meio autista", para o comando da Fundação Casa de Rui Barbosa. Mas a percepção no núcleo do governo é que Ana de Hollanda ainda precisa mostrar autoridade e pulso para conduzir os problemas da Cultura e, principalmente, o polêmico debate sobre direitos autorais.
Numa situação semelhante está o ministro do Turismo, o peemedebista Pedro Novaes. Até agora, o governo não viu uma ação concreta da pasta do Turismo, e Dilma praticamente não se encontrou com Novaes.
- Mas, nesses dois primeiros meses, não há uma avaliação consolidada de todos os ministros. Ao mesmo tempo que há cobranças num dia, a presidente pode fazer elogios no outro - observou um assessor direto de Dilma.
Desempenho de Palocci superou expectativas
Mas também são muitos os exemplos positivos. Para Dilma, superou todas as expectativas o desempenho do ministro Antonio Palocci. E principalmente a relação direta com ele no Planalto. Na transição, houve uma resistência inicial à presença de Palocci no Planalto, mas, segundo interlocutores, hoje ela avalia que o seu maior acerto foi ter nomeado o ex-ministro da Fazenda para a Casa Civil. Nesse período, ele ganhou ainda mais a confiança de Dilma.
Outras nomeações muito elogiadas são as dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Alexandre Padilha (Saúde). Mas a grande surpresa para Dilma foi o desempenho do ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional). A presidente tem ressaltado a rapidez nas providências do ministro no desastre ambiental da Região Serrana do Rio, e também em outros episódios semelhantes ocorridos nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul.
Outro ministro que reforçou a boa impressão que já causava na presidente é Antonio Patriota (Relações Exteriores). Ele conseguiu dar uma nova personalidade à política externa do governo, de forma suave.
FONTE: O GLOBO
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