O notabilizado professor de economia da UFRJ, Reinaldo Gonçalves, competente e meticuloso pesquisador que há muito vem se debruçando sobre nossa realidade econômica, bem como nossa inserção na globalização, em seu recente trabalho acadêmico, intitulado "Evolução da renda no governo Lula: cinco conclusões definitivas", toca em alguns pontos essenciais para uma melhor compreensão de seu governo, no que se relaciona a essa variável - renda.
Alimentada por uma fantástica máquina de propaganda, de 2003 a 2010, tendo como mote o bordão "nunca antes na história deste país", usado e abusado por nossos humoristas, o governo Lula alimentou a ilusão de que seria inovador, no que tange às práticas políticas, e modernizador de nossa economia.
Quanto ao primeiro tópico, o que inovou foi a forma desabrida de amealhar apoios, via uso de suborno a parlamentares, no que ficou conhecido como "mensalão".
E quando tal prática foi denunciada resultou na inevitável desmoralização política dos mais importantes quadros de seu partido e da "base", denunciados pelo Procurador Geral da república como quadrilheiros.
Desnudado em suas demagógicas jogadas políticas, usou todo o segundo mandato de seu governo para vender a ilusão de "crescimento fantástico" da economia e de uma distribuição de renda revolucionária. Vistos agora pela ótica de uma pesquisa percuciente, revela-se como uma fraude.
O primeiro aspecto salientado pelo professor Gonçalves é a falácia do crescimento do PIB como um dos maiores da República, quando a média do referido crescimento, nos dois mandatos não superou a média secular do país, 4,5%.
Outro aspecto relevante é a confirmação do retrocesso relativo da posição do país no conjunto da economia mundial, como pode ser inferido pela participação de nossa economia quando se considera a variação real do PIB de 2003 a 2010, no ranking mundial, onde ocupamos a 96ª entre 181 nações.
Se colocarmos a variável renda, o PIB per capita, perceberemos que efetivamente houve uma melhora na renda, saindo de uma renda de US$ 7.457 em 2001-2002, para US$ 10.894, em 2009-2010. No entanto nossa posição no ranking mundial piorou, saímos da posição 66ª para a 71ª.
Ou seja, o mundo enriqueceu a uma velocidade maior que a nossa, no período. Duramente atingido pela "marolinha" que varreu a economia mundial em 2008, nosso ajuste foi influenciado fundamentalmente pelo ciclo eleitoral de 2010, que ao expandir extraordinariamente o crédito e os gastos públicos.
Passadas as eleições o governo Dilma-Lula é confrontado com a "herança" do governo passado- e que o atual tem que calar-, tendo como conseqüência imediata a baixa das expectativas de crescimento para o período 2011-2014.
Em suma, estamos vivendo hoje, e viveremos amanhã, o resultado de um governo irresponsável, que no melhor período da economia mundial, ao invés de efetivar as reformas que o país tanto necessita, agiu como mero cabo eleitoral. E pior com a volta da inflação!
Roberto Freire, Deputado Federal é presidente do PPS
FONTE: BRASIL ECONÔMICO
Alimentada por uma fantástica máquina de propaganda, de 2003 a 2010, tendo como mote o bordão "nunca antes na história deste país", usado e abusado por nossos humoristas, o governo Lula alimentou a ilusão de que seria inovador, no que tange às práticas políticas, e modernizador de nossa economia.
Quanto ao primeiro tópico, o que inovou foi a forma desabrida de amealhar apoios, via uso de suborno a parlamentares, no que ficou conhecido como "mensalão".
E quando tal prática foi denunciada resultou na inevitável desmoralização política dos mais importantes quadros de seu partido e da "base", denunciados pelo Procurador Geral da república como quadrilheiros.
Desnudado em suas demagógicas jogadas políticas, usou todo o segundo mandato de seu governo para vender a ilusão de "crescimento fantástico" da economia e de uma distribuição de renda revolucionária. Vistos agora pela ótica de uma pesquisa percuciente, revela-se como uma fraude.
O primeiro aspecto salientado pelo professor Gonçalves é a falácia do crescimento do PIB como um dos maiores da República, quando a média do referido crescimento, nos dois mandatos não superou a média secular do país, 4,5%.
Outro aspecto relevante é a confirmação do retrocesso relativo da posição do país no conjunto da economia mundial, como pode ser inferido pela participação de nossa economia quando se considera a variação real do PIB de 2003 a 2010, no ranking mundial, onde ocupamos a 96ª entre 181 nações.
Se colocarmos a variável renda, o PIB per capita, perceberemos que efetivamente houve uma melhora na renda, saindo de uma renda de US$ 7.457 em 2001-2002, para US$ 10.894, em 2009-2010. No entanto nossa posição no ranking mundial piorou, saímos da posição 66ª para a 71ª.
Ou seja, o mundo enriqueceu a uma velocidade maior que a nossa, no período. Duramente atingido pela "marolinha" que varreu a economia mundial em 2008, nosso ajuste foi influenciado fundamentalmente pelo ciclo eleitoral de 2010, que ao expandir extraordinariamente o crédito e os gastos públicos.
Passadas as eleições o governo Dilma-Lula é confrontado com a "herança" do governo passado- e que o atual tem que calar-, tendo como conseqüência imediata a baixa das expectativas de crescimento para o período 2011-2014.
Em suma, estamos vivendo hoje, e viveremos amanhã, o resultado de um governo irresponsável, que no melhor período da economia mundial, ao invés de efetivar as reformas que o país tanto necessita, agiu como mero cabo eleitoral. E pior com a volta da inflação!
Roberto Freire, Deputado Federal é presidente do PPS
FONTE: BRASIL ECONÔMICO
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