Já base defende Lupi e diz que demissão é decisão da presidente
BRASÍLIA. Para a oposição, a presidente Dilma Rousseff desautorizou recomendação unânime da Comissão de Ética Pública, prejudicou o trabalho dos conselheiros e atacou a ética. Em plenário, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), cobrou de Dilma respeito à decisão:
- Estamos diante de uma situação que exige da Presidência uma decisão: ou aceita a recomendação da Comissão de Ética e demite o ministro ou desfaz essa comissão. Ela não terá mais sentido de existir se sua recomendação, diante de fatos grave, não for aceita.
Na Câmara, o líder tucano Duarte Nogueira (PSDB-SP) emendou:
- A situação ficou absolutamente insustentável. A presidente, pela primeira vez, tem a chance de demitir um ministro.
O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), disparou:
- Mantendo Lupi, a presidente ignora uma recomendação unânime de um órgão auxiliar da Presidência responsável por zelar pela imagem do governo. É uma postura antiética. Dilma está demitindo a Comissão Ética.
Ontem de manhã, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) - antes de assumir interinamente a Presidência da República - disse que solicitaria à Mesa Diretora da Casa a abertura de sindicância para verificar a denúncia de que Lupi, antes de assumir o ministério, teria acumulado cargos públicos e recebido dois salários: como funcionário da Câmara dos Deputados e da Câmara de Vereadores do Rio.
Reservadamente, o desconforto era claro entre parlamentares aliados do governo. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), manteve a defesa de Lupi e afirmou que cabe à presidente tomar a decisão de mantê-lo ou não no cargo.
Vaccarezza disse que queria ler o parecer da Comissão de Ética antes de dar opinião.
- Tenho Lupi na conta de um homem honesto. Se for comprovado algo diferente, mudo minha opinião.
FONTE: O GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário