Mas são unânimes em cobrar novas ações para estimular economia
SÃO PAULO. O novo corte da Selic, que levou a taxa básica da economia ao seu menor nível histórico, foi elogiado por entidades empresariais e centrais sindicais. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a medida de acertada diante do cenário externo adverso e dos sinais de desaceleração da inflação no país. Como barateiam o crédito, argumenta a CNI, os juros menores devem contribuir para a retomada dos investimentos e o reaquecimento da demanda interna, que não têm mostrado grande desenvoltura. A entidade cobra do governo, porém, austeridade na administração dos gastos públicos.
Crítico feroz dos juros altos no país, Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), considerou positiva a queda da Selic e cobrou outras medidas para recuperar a competitividade do país:
- Produzir no Brasil é mais caro que nos EUA, em muitos países da Europa e nos nossos vizinhos da América do Sul. Para corrigir essa distorção, são necessárias ações efetivas que reduzam o custo Brasil (tributos, energia e infraestrutura).
Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical, disse que com o novo corte da Selic o governo dá um incentivo para a economia, que neste momento está crescendo em um ritmo lento:
- A redução, que acontece pela sétima vez, é também um alento para a fraqueza da indústria, que vem mostrando dificuldades em apresentar sinais consistentes de crescimento.
Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) a Selic menor é um avanço, mas isso não basta.
- É inevitável forçar o sistema financeiro nacional a baixar de verdade as altas taxas de juros, o spread e as tarifas - afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
FONTE: O GLOBO
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