“O PSDB precisa resolver: ou defende claramente o governador [Marconi Perillo], ou admite claramente que não tem condições de defendê-lo. Para fazer uma coisa ou outra, a direção do PSDB precisa ouvir o governador formalmente, examinar os fatos pertinentes e se pronunciar: ele é uma vítima inocente? Ou de algum modo, por ação ou omissão, tem culpa pela ingerência de Carlos Cachoeira no governo de Goiás? Juízo que é político, e não técnico-jurídico. A questão é se as ações e/ou omissões do governador são compatíveis com o que o PSDB entende por bom governo. Se alguém teme o que o governador tem a dizer, como afirmou o líder do PSDB no Senado, mais uma razão para que seu partido tome a iniciativa de ouvir - e tornar público - o que ele tem a dizer. Assim ficará claro que nem o PSDB nem o governador temem coisa alguma. Se a turma da Delta retarda o momento de ouvir os governadores na CPI, a direção do PSDB não precisa esperar sentada, deixando o governador Perillo irritado. Pode convidá-lo para se explicar na comissão de ética do partido. É o mínimo que devem ao governador, ao partido e, vale lembrar, aos seus eleitores.”
Eduardo Graeff, E-agora, 19 de maio de 2012.
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