A popularidade da presidente Dilma Rousseff é altíssima, não importa a métrica usada. Mas nos grandes centros urbanos algu ma coisa está acontecendo.
O Ibope tem aferido a aprovação de Dilma nas cidades nas quais faz pesquisas de intenção de voto para prefeito. Nas capitais mais relevantes do país, a presidente registra uma curva descendente.
Tome-se a cidade de São Paulo e seus 8,6 milhões de eleitores. Numa pesquisa realizada nos dias 5 a 7 de maio, a administração Dilma teve expressivos 65% de "ótimo" e "bom" entre os paulistanos. No final de julho, essa taxa caiu para 57%. Ontem, no último levantamento do Ibope sobre a eleição de prefeito na capital paulista, a popularidade dilmista marcou 55%.
O primeiro aspecto a ser notado é que 55% é uma taxa de aprovação para lá de confortável. Ainda assim, não deixa de chamar a atenção a queda de dez pontos percentuais em menos de quatro meses.
No mesmo período, a taxa de aprovação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ficou estagnada na capital: oscilou de 42% para 41%. O tucano está bem atrás da petista, embora sua popularidade não tenha sofrido erosão.
As pesquisas do Ibope não apontam as razões pelas quais Dilma teria perdido pontos na cidade de São Paulo ou em outras grandes capitais -o movimento foi generalizado. O desaquecimento da economia pode ser um fator a considerar.
Também é necessário levar em conta as greves generalizadas no serviço público federal. A classe média sente o baque ao ser mal atendida nos aeroportos ou na hora de tirar passaporte. Esse é um setor do eleitorado que cada vez mais se apaixonava pela presidente.
Há indícios de aquecimento da economia perto do final do ano. As greves uma hora acabam. Mas o momento atual é de viés de baixa para Dilma nas capitais do país.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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