Estimativa se aproxima do patamar de 1,5%, que já foi considerado ‘uma
piada’ pelo ministro da Fazenda; BC também aumentou projeção de inflação de
4,7% para 5,2%
BRASÍLIA - O
Banco Central (BC) revisou nesta quinta-feira sua projeção para o Produto
Interno Bruto (PIB) de 2012, de 2,5% para 1,6%, segundo o Relatório Trimestral
de Inflação (RTI) divulgado pela autoridade monetária.
O porcentual
está muito próximo da estimativa de 1,5% de expansão para o PIB deste ano por
uma instituição financeira internacional, que foi considerada, na ocasião,
"uma piada" pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Inflação
No mesmo
relatório, o BC elevou sua projeção para o IPCA de 2012 de 4,7% para 5,2% no
cenário de referência. A nova estimativa é 0,5 ponto porcentual maior do que a
vista no documento divulgado em junho.
Com essa nova
perspectiva, a inflação deste ano deve ficar mais distante da meta de 4,5%
estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A probabilidade de que a
inflação ultrapasse o limite superior do intervalo de tolerância da meta deste
ano está em 3%, segundo o BC. Esse patamar de inflação em 5,2% deve ser visto
já no acumulado de 12 meses até o terceiro trimestre do ano. O cenário de
referência leva em consideração que a Selic será mantida em 7,5% ao ano e que o
dólar permanecerá cotado em R$ 2,05.
Já para o fim
de 2013, o BC decidiu reduzir sua expectativa dentro do cenário de referência,
de 5% para 4,9%. De acordo com o documento, a probabilidade de que a inflação
ultrapasse o limite superior do intervalo de tolerância da meta para o período,
também de 4,5%, está em torno de 13%. Para o primeiro trimestre do ano que vem,
o IPCA acumulado em 12 meses é esperado em 5,2%, reduzindo-se para 5,1% no
segundo trimestre e para 4,6% no terceiro.
A chance de
estouro do teto da meta em 2013 caiu de 18% para em torno de 13%. Para 2012,
segue em 3% no cenário de referência.
Para 2014, a
expectativa do BC é a de que a inflação acumulada em 12 meses atinja 5,2% no
primeiro trimestre daquele ano e ceda para 5,1% no segundo e no terceiro
trimestres.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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