Aécio Neves vai ao Recife participar da campanha de Daniel Coelho, que sobe nas
pesquisas e já aparece com chances reais de disputar o segundo turno contra
Geraldo Júlio, do PSB do governador Eduardo Campos
Tércio Amaral
RECIFE — Sem padrinhos para montar um palanque de peso até o momento, a
campanha do deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) à prefeitura do Recife vai
ganhar contornos diferentes nesta reta final. Crescendo nas pesquisas e tido
como forte candidato para disputar o segundo turno com o favorito Geraldo Julio
(PSB), o tucano contará hoje com o reforço do senador mineiro Aécio Neves para
uma caminhada no centro da capital pernambucana.
A vinda do senador Aécio Neves para apoiar Daniel Coelho estava sendo
costurada nos bastidores pelo deputado federal e presidente nacional do PSDB,
Sérgio Guerra, cuja presença também foi confirmada no evento. Até agora, o
candidato do PSDB estava fazendo uma campanha desvinculada dos caciques do
partido.
O PSDB tem, além de Coelho, seis fortes candidatos disputando as eleições na
Grande Recife: Elias Gomes (Jaboatão dos Guararapes), Cal Volia (Itapissuma),
Carlos Jogle (Araçoiaba), Betinho Gomes (Cabo), Carlos Santana (Ipojuca) e
Jorge Alexandre (Camaragibe). Os três primeiros disputam a reeleição.
A última vez em que o senador Aécio Neves esteve no Recife foi em maio,
quando participou do Encontro Nacional do PSDB Mulher. Na época, o senador foi
apresentado como possível candidato à Presidência da República nas eleições de
2014. Ele, inclusive, teve um encontro privado, no Palácio do Campo das
Princesas, com o governador Eduardo Campos (PSB). Os tucanos enxergam Eduardo
como um "vice ideal" de Aécio.
Além da confirmação da presença de Aécio na caminhada de hoje, Daniel Coelho
recebeu outra boa notícia. Ele não corre mais o risco de perder o mandato por
infidelidade partidária. O processo que pedia a cassação do mandato do tucano
foi extinto pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) na tarde de
ontem. Daniel deixou o PV no ano passado porque "os verdes" aderiram
ao governador Eduardo Campos (PSB). Além disso, o partido não tinham interesse
de lançar candidatura majoritária na capital. Assim, Coelho ficou isolado
dentro do PV. O relator do processo, Ronie Duarte, atendeu ao pedido da defesa
do candidato, de que a ação foi impetrada pelo PV regional, e não pelo
Diretório Nacional, como prevê o regimento interno do partido.
Fonte:
Correio Braziliense
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