Apenas um será o prefeito da cidade de São Paulo, mas os quatro primeiros
colocados na disputa de domingo acumularam expressivo capital político. Cada um
a seu modo decidirá agora como utilizar esse ativo adquirido nas urnas.
José Serra (PSDB), aos 70 anos, foi durante semanas dado como possível
ausente no segundo turno.
Teve um de seus piores desempenhos entre os paulistanos. Enfrentou a má
vontade de parte de seu partido, inclusive do governador Geraldo Alckmin.
Acabou indo para a rodada final como primeiro colocado.
O tucano pode fracassar no dia 28. Ainda assim, terá se mantido em
evidência. Continuará influente sobre parcela grande do PSDB. É improvável que
a legenda escolha seu candidato a presidente em 2014 sem ouvir Serra, sendo ele
prefeito ou não de São Paulo.
Fernando Haddad teve a terceira pior votação histórica do PT entre os
paulistanos. Só que foi também o candidato petista menos conhecido do público
em todas as eleições locais. Sua arrancada para ir ao segundo turno é uma das
maiores já vistas entre petistas numa reta final.
Se ganhar, Haddad torna-se a nova opção do PT para o governo paulista e para
voos mais altos no futuro. Mesmo numa eventual derrota, ao ter ido para o
segundo turno, já está credenciado para novas disputas.
Celso Russomanno teve 21,6 % dos votos válidos. Há dois anos, em 2010, sua
marca na capital foi de 6,7% ao disputar o governo paulista. Triplicou sua
votação. Apesar de pertencer a um micropartido (PRB), marcado por influência
religiosa, ganhou relevância como ator político na maior cidade do país.
Por fim, Gabriel Chalita e seus 13,6% deram ao PMDB o que mais faltava ao
partido: votos. A renovação oxigenou a sigla detentora de um curioso paradoxo:
é gigante no Brasil e nanica em São Paulo.
Tudo somado, houve quatro vitoriosos na eleição de São Paulo.
Fonte: Folha de S. Paulo
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