Senador articula candidatura ao estado e tenta apoio do PSB
Renato Onofre e Cássio Bruno
O senador Lindbergh Farias (PT) afirmou, ontem, que vai pedir o fim da aliança
PT-PMDB no Rio de Janeiro. Pré-candidato ao governo estadual, Lindbergh rompeu
o silêncio depois que o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes,
ambos do PMDB, foram a Brasília e a São Paulo agradecer o apoio da presidente
Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Lula. No encontro, voltaram a defender
publicamente o nome do vice-governador Luiz Fernando Pezão para concorrer ao
Palácio Guanabara em 2014.
Lindbergh vai pedir à presidente Dilma e ao ex-presidente Lula que não
interfiram no projeto de candidatura própria do PT no Estado. Ele avalia que os
dois só deveriam entrar na disputa em um possível segundo turno. O PMDB, do
vice-presidente da República Michel Temer, não abre mão de Pezão e para isso
garantiu o controle do diretório municipal petista da capital com a escolha do
vereador, e vice-prefeito eleito do Rio, Adílson Pires.
- O PMDB tem candidato (Pezão). O PT também. Isso é fato. O papel de Dilma e
Lula será mais à frente com o apoio ao candidato que for para o segundo turno -
disse Lindbergh.
Para pressionar ainda mais o PT, Lindbergh iniciou um namoro com o
presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Após a
divulgação do resultado das eleições de domingo, o senador foi o único petista
vir a público elogiar o crescimento do PSB nas urnas.
O senador disse que Campos pode ser um dos seus cabos eleitorais na disputa:
- Ele (Campos) é um grande amigo. Ele sabe que eu não sou igual a alguns
petistas. Eu torço pelo crescimento dele e do PSB - afirmou o senador.
Campos tem dito que vê com bons olhos o movimento do senador e agradeceu o
empenho dele na campanha do ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia,
Alexandre Cardoso, em Duque de Caxias, que disputa o segundo turno contra o
ex-prefeito Washington Reis (PMDB).
Fonte: O Globo
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