quarta-feira, 10 de outubro de 2012

No Rio de Janeiro, Lindbergh quer fim da aliança do PT com o PMDB


Senador articula candidatura ao estado e tenta apoio do PSB

Renato Onofre e Cássio Bruno

O senador Lindbergh Farias (PT) afirmou, ontem, que vai pedir o fim da aliança PT-PMDB no Rio de Janeiro. Pré-candidato ao governo estadual, Lindbergh rompeu o silêncio depois que o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, ambos do PMDB, foram a Brasília e a São Paulo agradecer o apoio da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Lula. No encontro, voltaram a defender publicamente o nome do vice-governador Luiz Fernando Pezão para concorrer ao Palácio Guanabara em 2014.

Lindbergh vai pedir à presidente Dilma e ao ex-presidente Lula que não interfiram no projeto de candidatura própria do PT no Estado. Ele avalia que os dois só deveriam entrar na disputa em um possível segundo turno. O PMDB, do vice-presidente da República Michel Temer, não abre mão de Pezão e para isso garantiu o controle do diretório municipal petista da capital com a escolha do vereador, e vice-prefeito eleito do Rio, Adílson Pires.

- O PMDB tem candidato (Pezão). O PT também. Isso é fato. O papel de Dilma e Lula será mais à frente com o apoio ao candidato que for para o segundo turno - disse Lindbergh.

Para pressionar ainda mais o PT, Lindbergh iniciou um namoro com o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Após a divulgação do resultado das eleições de domingo, o senador foi o único petista vir a público elogiar o crescimento do PSB nas urnas.

O senador disse que Campos pode ser um dos seus cabos eleitorais na disputa:

- Ele (Campos) é um grande amigo. Ele sabe que eu não sou igual a alguns petistas. Eu torço pelo crescimento dele e do PSB - afirmou o senador.

Campos tem dito que vê com bons olhos o movimento do senador e agradeceu o empenho dele na campanha do ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, em Duque de Caxias, que disputa o segundo turno contra o ex-prefeito Washington Reis (PMDB).

Fonte: O Globo

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