Sem citar o PT ou o PSDB, que anteontem anteciparam o debate eleitoral, o governador, apontado como presidenciável do PSB, condenou a montagem de palanques
Débora Duque
GRAVATÁ - Um dia depois da antecipação do debate eleitoral - quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu a reeleição da presidente Dilma Rousseff, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) atacou a gestão petista -, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), potencial candidato à sucessão presidencial em 2014, pediu ontem, durante o encontro com os prefeitos pernambucanos, em Gravatá (Agreste do Estado), que não se "eleitorize" (sic) tanto a política brasileira.
Apesar do clima político favorável, criado no evento com os prefeitos, Eduardo voltou a fugir dos questionamentos sobre sua possível candidatura a presidente, em 2014. Sem fazer menções diretas ao PT ou PSDB, afirmou, porém, que o País está cansado das "velhas rinhas políticas". "Estamos enfrentando um ano difícil e tudo que o Brasil não precisa é estar montando palanque nem dessa velha rinha, discutindo o passado, coisa que não é a pauta do povo", disse.
Em seguida, sinalizou que o cenário eleitoral de 2014 não ficará restrito à polarização PT-PSDB. "Ninguém tem essa capacidade de definir a polarização em 2014. Ninguém se engane que há uma mudança efetiva ocorrendo na vida pública brasileira", afirmou.
A declaração foi dada um dia depois a briga entre petistas e tucanos no noticiário político devido ao ato comemorativo dos 10 anos de governo do PT no País e o discurso contrário do senador Aécio Neves no Congresso Nacional.
"A sociedade necessita ver outro debate político. Eu vou fazer esse debate que eu acho que é o correto. Cada um faz o debate que pode e o que acha correto", acrescentou o governador.
Pacto federativo
Durante o evento de ontem, Eduardo aproveitou para defender, mais uma vez, a revisão do pacto federativo e tecer críticas ao modelo atual. Aos prefeitos, ele apresentou, em powerpoint, um resgate histórico sobre as mudanças ocorridas nos critérios de repartição de recursos.
Embora o tema incomode o Palácio do Planalto, Eduardo procurou enfatizar, em seu discurso, que as distorções não foram criadas por quem está no governo atualmente.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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